Especialistas em segurança descartam possibilidade de hacker acessar controles de avião

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Especialistas em segurança da informação e segurança aeronáutica classificaram como "absurda" a alegação de um hacker de que teria tido acesso aos controles de voo de um avião através do sistema de entretenimento de bordo.

O hacker Chris Roberts afirma que invadiu o sistema de entretenimento de bordo cerca de 20 vezes em voos separados e que, em uma dessas invasões, teria sido capaz de fazer o plano de "subida" e "mover [a aeronave] para os lados", acessando os sistemas de controle de voo a partir de um laptop em seu assento.

O caso foi revelado por um aplicativo de mandado de buscas emitido pelo FBI, a polícia federal americana, após Roberts ser proibido de tuitar sobre um plano de hacking em sistemas.

Sistemas isolados

A Boeing, fabricante do avião supostamente hackeado, disse que o sistema de entretenimento em voo e os sistemas de voo e navegação são isolados uns dos outros. "Embora estes sistemas recebam dados sobre posição geográfica e tenham links de comunicação, o design os isola dos demais sistemas aviônicos que executam funções críticas e essenciais", disse a Boeing ao The Guardian.

Um alto funcionário policial declarou à Bloomberg que os investigadores não acreditam que a tentativa de controlar um avião poderia ser bem-sucedida.

Peter Lemme, presidente da Ku & Ka, órgão responsável pelas normas de comunicações por satélite, disse no blog da indústria Runway Girl Network: "A alegação de que o sistema de gerenciamento de subida do avião foi alterado sem um comando do piloto, através do painel de controle, ou quando acoplado ao sistema de gerenciamento de voo, é inconcebível."

Ele acrescentou que as relações entre o sistema de entretenimento e os sistemas de controle de voo "não são capazes de mudar automaticamente o funcionamento do controle de voo".

Os especialistas são céticos quanto à possibilidade de ter ocorrido qualquer alteração nos sistemas de voo, porque os pilotos teriam notado, e os ajustes teriam sido registrados e relatados para uma investigação sobre o funcionamento dos sistemas.

Roberts afirma agora que seus comentários foram tirados de contexto e mal interpretados, já que é alvo de uma representação da Electronic Frontier Foundation dos EUA, junto com as investigações em curso das agências de inteligência americanas.

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