A pandemia provocada pelo novo coronavírus é assunto em todo o mundo desde o início do ano, quando os primeiros casos começaram a surgir na China. Certamente, há muitas incertezas sobre os desdobramentos da pandemia, mas a prioridade número um hoje, é o bem-estar e saúde das pessoas.
Durante essa crise sem precedentes, muitas empresas precisaram liberar ou implementar do zero o trabalho remoto a seus funcionários para continuar operando. Nesse cenário, as soluções de colaboração tornaram-se ainda mais fundamentais para garantir não só a produtividade das organizações, como também a segurança dos profissionais. Rapidamente, foi estabelecido um "novo normal" para quem costumava se reunir presencialmente. O novo coronavírus modificou as necessidades, prioridades e comportamentos da grande maioria das pessoas, impactando diretamente nas formas de trabalho.
Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), a adoção do home office cresceu 22% entre 2016 e 2018 e a expectativa é que a modalidade continue ganhando força nas empresas brasileiras. De acordo com o Gartner, o modelo deve crescer mais de 40% até 2021.
Há ainda alguns estudos que apontam o aumento de produtividade em equipes com regimes mais flexíveis. Isso significa que as empresas podem atender melhor aos clientes sem precisar mexer no quadro de funcionários. Aliás, grande parte do apelo desse modelo de trabalho está, justamente, na economia: um menor número de funcionários presentes no escritório significa redução de custos – menor consumo de energia, possibilidade de reduzir o tamanho do espaço físico, entre outros motivos.
Mas, mesmo com os resultados apresentados por diversas entidades, a implementação do modelo, assim como a maioria das mudanças organizacionais, também traz desafios para as empresas. Conseguir manter um enorme número de funcionários conectados com o menor número de interferências é um dos obstáculos enfrentados pelas organizações nesse sentido. É justamente por isso que as soluções de colaboração estão ganhando cada vez mais espaço no momento.
Essas ferramentas possibilitam a comunicação por voz, vídeo, mensagens instantâneas, bem como o compartilhamento de conteúdo, seja entre duas pessoas ou em grupos. Tudo isso, em um ambiente controlado, gerenciado e criptografado, simplificando as rotinas dos profissionais e, ao mesmo tempo, garantindo a segurança das informações, diminuindo assim, as barreiras do processo de adoção do trabalho remoto.
Por isso, durante a pandemia, muitas empresas de tecnologia começaram a facilitar a adoção de soluções de colaboração para ajudar organizações de diversos setores. Disponibilização de free trials, descontos em determinados pacotes e a intensificação de suporte estão entre os benefícios que passaram a ser concedidos pelas companhias.
Acredito que a pandemia está acelerando a transformação digital de vários setores e, à medida em que o trabalho remoto se torna cada vez mais habitual, os gestores e empresas entenderão que é possível garantir o mesmo nível de atendimento ao cliente independentemente de onde os seus colaboradores estão trabalhando. Além disso, esse momento torna ainda mais evidente o poder da tecnologia, que, sem deixar de lado a segurança e a privacidade, tem salvado vidas ao possibilitar o distanciamento social ao mesmo tempo em que aproxima pessoas. Distância salva, tecnologia aproxima!
Danilo Gonçalves, analista sênior da área de colaboração da Logicalis Brasil.