Esse tem sido um tópico muito discutido ultimamente entre as lideranças de tecnologia, para ressaltar a importância de estarmos preparados para a explosão dos dados não estruturados. Isso porque, de acordo com a maioria das estimativas, eles serão responsáveis por 80% de todos os dados ao longo dos próximos três anos.
Dados não estruturados são informações contidas nos e-mails, mensagens instantâneas, dados de sensores de Internet das Coisas (IoT), de satélite, arquivos de vídeo e imagem e muito mais. E eles representam um recurso inexplorado para empresas que possuem as ferramentas certas para extrair valor disso.
Novas tecnologias geram ainda mais dados "rebeldes"
O volume de dados não estruturados vem crescendo mais de 27% ao ano, e esse número aumentará com as tecnologias emergentes famintas por dados e ganhando cada vez mais força, como veículos autônomos, chatbots e aplicativos de realidade virtual. Outras inovações também são grandes geradores de dados não estruturados, como a IoT e seus vários sensores inteligentes, varreduras biométricas, informações de ticker de ações e por aí vai.
As ferramentas de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) precisam de conjuntos de dados extragrandes para refinar seus resultados. Quanto mais dados relevantes puder alimentá-los, melhor. Essas ferramentas também criam uma quantidade substancial de dados não estruturados.
Por que é complexo?
Algumas empresas estão começando a excluir ou substituir esses dados não estruturados porque não têm espaço para armazená-los. Mas só adicionar capacidade de armazenamento não será suficiente para gerenciar essa crescente coleção.
Outras os descartam porque não possuem as ferramentas para extrair valor disso. Não se trata apenas de armazenar, também requer uma plataforma moderna que simplifique a utilização dos dados e possa ajudar a consolidá-los, organizá-los e otimizá-los. Os dispositivos legados de armazenamento não estão equipados para atender à essas necessidades. Inclusive, de acordo com o IDG, os principais desafios de armazenar e gerenciar dados não estruturados com eficiência são Custo e complexidade (81%), Recursos de TI limitados (76%) e Escalabilidade (75%).
Uma fortuna comercial
Uma tendência parece certa: as condições de negócios não ficarão mais simples nos próximos meses e anos. A agilidade na tomada de decisões de forma inteligente e até em tempo real será crucial, e o aproveitamento de dados não estruturados estará no centro do sucesso digital.
Eles são incrivelmente valiosos quando usados de forma eficaz e podem fornecer insights sobre todos os aspectos do negócio para mostrar onde otimizar, adaptar e dinamizar. Com isso, é possível melhorar significativamente os pilares fundamentais para o sucesso de uma empresa, como tomada de decisão, operações de negócio, interações com o cliente, resultados financeiros, vantagem competitiva e compliance.
Os dados não estruturados contêm uma riqueza de inteligência de negócios (BI) e inteligência operacional (OI) de última geração. Essa inteligência é o catalisador que impulsiona a inovação
A chave para inovar com sucesso
Em um estudo com decisores de TI conduzido pela Pure Storage e a Bredin Research, a maioria dos entrevistados disse que aproveitam dados internos e externos para gerar insights de negócios e analisar oportunidades potenciais. Mas, desse grupo, 38% afirmam que, embora tenham os dados, eles não são estruturados ou acessíveis, e isso dificulta a obtenção de insights.
Alguns até citaram isso como uma barreira fundamental para o sucesso da transformação digital, sendo que 36% avaliam dados não digitalizados como uma barreira importante, 33% dizem que a incapacidade de analisar ou aprender com dados é uma barreira importante e 35% disseram que não têm acesso oportuno aos dados necessários para impulsionar as estratégias de transformação.
O objetivo principal de armazenar, organizar, gerenciar e analisar dados não estruturados é usá-los para ajudar sua empresa a crescer e ter sucesso. Na verdade, pode ser exatamente o que diferencia um player dos concorrentes.
Caça aos talentos
Conforme esses dados ganham mais protagonismo no sucesso de projetos de inovação e transformação digital, mais talentos com profunda expertise serão necessários para compreendê-los – os cientistas de dados. Mas, todos sabem, esses profissionais são escassos no mercado.
Por esse motivo, as empresas também precisam de soluções de gerenciamento que possam colocar insights nas mãos de profissionais que não são cientistas. Dessa forma, os líderes podem incentivar as equipes na linha de frente a se desenvolver e encarar novas funções, como criadores de dados, para que possam aperfeiçoar o próprio trabalho, processos e tarefas, ao criarem dados corretamente.
Os dados não estruturados são o combustível da inovação para o futuro, e as empresas que conseguirem alavancar dados não estruturados poderão inovar e se adaptar às transformações que estão por vir com mais agilidade e menos desperdício de recursos.
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage.