AIBM quer ir além do fornecimento de soluções e se tornar uma parceira de tecnologia de seus clientes de outsourcing. Isso, para reforçar alianças com fornecedores de mercados verticais e ajudar a sua clientela a ganhar mais competitividade.
Uma das parcerias foi fechada com a Elucid, que fornece soluções de billing para o setor elétrico. Pelo acordo, as duas empresas estão oferecendo aplicações sob demanda para os clientes e cobrando pela quantidade de usuários atendidos.
Já para atender o nicho de pequenas e médias empresas, a IBM fez uma aliança com a Datasul, para entrega de ERP, CRM, supply chain e outras aplicações. O modelo também é sob demanda, pelo qual os usuários pagam uma taxa mensal pelo acesso às aplicações. A Datasul já conquistou 60 clientes, somando mais de 500 usuários com essa modalidade.
?A estratégia da IBM não é apenas vender soluções que reduzem custos, mas ajudar seus clientes a ganhar mercado com inovação?, diz Marco Antônio Kalil, responsável pela entrega de serviços de TI da IBM. Por ser uma fornecedora de tecnologias, ele acredita que a Big Blue sabe como a TI pode ser usada para trazer lucratividade para os negócios.
A unidade de serviços da companhia funciona em Hortolândia, na região de Sumaré, interior de São Paulo, onde funciona o maior data center da companhia na América Latina, que emprega mais de 3,5 mil funcionários.
Além de prover toda infra-estrutura de TI, o centro de tecnologia oferece serviços de gerenciamento BPO (Business Process Outsourcing) e BTO (Business Tranformation Outsourcing).
No ano passado, a unidade ganhou uma nova divisão de serviços, o Global Command Center, centro de operações, para controlar todas as operações de outsourcing de mais de 50 clientes globais instalados no Brasil e em diversas partes do mundo. Entre os usuários estão BankBoston, Varig, Datasul, Magazine Luiza e Panarello.
Kalil destaca que a grande vantagem da IBM é que a empresa conta com operações em 160 países para atender clientes que estão contratando serviços globais. Ele diz que algumas empresas já estão centralizando os contratos de outsourcing em um único fornecedor para ganhar escala nos serviços. ?Mas essa é uma decisão que depende muito da estratégia de TI de cada companhia?, afirma.
O executivo observa que as empresas estão sendo muito pressionadas a inovar para darem respostas rápidas ao mercado e buscam o outsourcing como uma ação tática, sem considerar que esse modelo é uma decisão estratégica. ?O outsourcing não é só para reduzir custos, mas para tornar o negócio mais viável e competitivo.?