Empresas indianas, européias e americanas estarão intensificando suas presenças no Brasil atraídas pelo crescimento bem acima da média mundial, acirrando ainda mais a competitividade no mercado local de terceirização de serviços de TI, e o desafio agora é aumentar a rentabilidade, avalia a IDC Brasil.
Segundo a empresa de pesquisa e consultoria de negócios, o mercado brasileiro continua bastante fragmentado apesar de todo o movimento de fusões e aquisições. As dez maiores empresas de serviços de TI, por exemplo, representam menos de 40% das vendas no país.
Na avaliação da IDC, a entrada de novas multinacionais, o fato de companhias de outros segmentos começarem a explorar serviços e o surgimento de pequenas empresas nesse nicho vêm segurando a concentração do mercado brasileiro.
?Neste momento, o desafio inicial das empresas que oferecem serviços de TI no Brasil é aumentar a lucratividade?, diz Mauro Peres, gerente geral da IDC Brasil. Ele acrescenta que ?algumas empresas já estão partindo para projetos regionalizados a fim de gerar mais lucro e ganhar um fôlego". "Outras, que têm intenção de abrir capital, estão atrás de crescimento através do ganho de escala e maior liquidez a fim de se tornarem atraentes aos investidores. Fusões também estão sendo bem vistas para a conquista da presença regional ou para aumento do portfólio de clientes?, observa Peres.
Segundo ele, as taxas de crescimento do Brasil em serviços de TI vêm declinando ao longo dos anos, processo natural no caminho à maturidade, mas mesmo assim muito sedutor aos olhos externos. Hoje, a taxa de expansão está na casa dos 11%, deixando para trás os 20% de crescimento que acumulava na década de 90 e os 15% do ano 2000.
No mundo, serviços de TI movimentam US$ 491 bilhões e a taxa de aumento está em pouco mais de 5%. Ao Brasil, que movimentou em 2007 US$ 8,6 bilhões, cabe a fatia de 1,7% do montante mundial. No ranking global de serviços de TI, de acordo com a IDC, o mercado brasileiro ocupa a décima posição e está adiante dos países que compõem o chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) nos investimentos em serviços de TI.