O Banco do Brasil dispõe de um orçamento para TI de aproximadamente R$ 1,3 bilhão neste ano, que, segundo o vice-presidente de tecnologia e logística do banco, José Luis Salinas, é um pouco superior ao do ano passado. Grande parte desse dinheiro será usada na integração dos sistemas da Nossa Caixa, adquirida pelo BB no fim do ano passado por R$ 5,38 bilhões.
O banco também vai aplicar recursos para implantação de software livre em todos os seus caixas de autoatendimento (ATMs) – o BB está instalando o sistema operacional aberto Linux em todos seus caixas eletrônicos.
O executivo afirma que o BB, que já havia implantando software livre nas agências e em outros sistemas, obteve importante eficiência operacional. Agora, com a instalção nos ATMs, Salinas avalia que aumentará a interação entre o cliente e o banco, devido à flexibilidade que o Linux permite. "Os resultados são positivos", comenta.
Além do ganho de eficiência operacional, Salinas salienta o aprendizado da equipe de TI com o desenvolvimento de software livre, o que, segundo ele, se torna um diferencial em termos de inteligência de TI e de tempo de resposta em projetos de inovação.
Em relação às novas tecnologias como cloud computing (computação em nuvem) e software como serviço (SaaS), o vice-presidente de tecnologia e logística do Banco do Brasil entende que as instituições financeiras, de modo geral, têm de conhecer todas elas e revelou que o BB já está testando soluções de SaaS. Embora um pouco mais complexo, ele avalia que o uso de cloud computing também já é possível para algumas aplicações.
Salinas faz a ressalva, no entanto, que essas tecnologias necessitam estar totalmente estáveis para serem adotas de fato pelos bancos. "Banco é sinônimo de confiabilidade e disponibilidade, então as tecnologias precisam estar maduras para serem utilizadas", comenta.
O executivo observa que os bancos ainda têm sistemas legados e que "isso não se altera facilmente em cinco ou dez anos".
- Integração tecnológica