Nuvem é a chave para banco reduzir custos e alavancar a transformação digital, diz especialista da EMC

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Dentre os vários quebra-cabeças que os bancos têm de resolver atualmente um dos mais intrincados é, sem dúvida, como reduzir custos com infraestrutura tecnológica sem perder eficiência operacional e, principalmente, prejudicar a qualidade dos serviços aos clientes. Um dos caminhos apontados pelo presidente da divisão de Engenharia de Sistemas Globais da EMC Corp., Chad Sakac, é a opção por uma arquitetura de nuvem, em especial pelos expressivos avanços que proporciona para alavancar a transformação digital das instituições financeiras.

O executivo, que esteve esta semana em São Paulo para participar de um painel de debate sobre bancos digitais no Ciab Febraban – Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras, concedeu entrevista a TI Inside Online, na qual destaca a importância estratégica da nuvem para a competitividade dos bancos no cenário atual, em que enfrentam uma concorrência cada vez maior das chamadas "fintechs", startups e empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros, tais como de pagamento online, serviços de investimento de carteira, concessão de empréstimos, processamento de pagamentos, entre outros serviços.

"É muito claro que a nuvem ajuda os bancos a obter uma vantagem econômica, até porque não existe nada mais caro para construir uma aplicação do que a arquitetura monolítica, não escalável, de um mainframe, que é a base na qual a maioria das aplicações bancárias são desenvolvidas hoje", explica Sakac.

Ele faz a ressalva, porém, que, em alguns casos, essa é a arquitetura correta para se operar sistemas legados de longo tempo. "Mas, francamente, ela não é capaz de proporcionar o mesmo de uma infraestrutura elástica, com uma camada de serviço, como uma plataforma moderna de nuvem permite, e com mais agilidade para construir as melhores aplicações, fazendo com que o banco fique mais próximo dos clientes", diz.

Outra maneira de se obter esses benefícios, apontada por Sakac, é usando recursos de análise e novos modelos de dados, que podem começar dentro das instituições financeiras, para que possam fazer mais rápido, consigam negociar de forma mais eficaz e melhorem a avaliação de riscos, além de ajudar os clientes a tirar o máximo proveito do seu dinheiro.

"Agora, como você vai construir uma ponte com tudo isso com velhas tecnologias da década de 1980? Há uma parte que acha que a estratégia de sucesso é realmente construir uma ponte com mainframes — e tem havido alguns exemplos interessantes —, por meio de uma estrutura in-memory, que nada mais é do que uma plataforma de cloud que permite o desenvolvimento de novos aplicativos com os dados residindo no mainframe", explica Sakac.

Segundo ele, existem alguns exemplos, mas os mais comuns são o de instituições que estão a construindo as aplicações, lado a lado. "Ou seja, você mantém o que está funcionando no mainframe no mainframe e 'pendura' um monte de desenvolvimento para obter a velha base de código legado, mas o que eu percebo é que os bancos querem é espremer isso, reduzir, para que possam investir numa nuvem, com arquitetura moderna na camada de aplicação e infraestrutura", finaliza Sakac.

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