Mais de sete meses depois da assinatura do acordo de compra da Veritas, a Symantec anunciou oficialmente hoje a fusão das duas companhias, após a aprovação dos conselhos de acionistas. A empresa aproveitou também para confirmar a nomeação de Wilson Grava como vice-presidente para a América Latina. Grava, que antes dirigia a Veritas na região, será responsável pelo comando da nova equipe de gerentes de cada país e pela execução da estratégia comercial da empresa.
Com a oficialização, a Symantec ? nome que será mantido para a nova companhia ? se transforma na quarta maior empresa de software do mundo, atrás apenas da Microsoft, Oracle e SAP, com receita anual na casa dos US$ 4,5 bilhões e cerca de 14 mil funcionários.
Este, aliás, é um dos aspectos positivos ressaltado por Grava. ?Diferentemente de outros processos de fusão, a da Symantec-Veritas não teve como objetivo a economia de recursos, portanto não houve demissões?, diz ele, acrescentando que a empresa tem hoje cerca de 300 funcionários na América Latina. ?No Brasil, por exemplo, temos 120 funcionários e agora estamos em fase de contratação de mais pessoas?.
De acordo com o executivo, a nova estrutura de operações na América Latina será composta por quatro regiões geográficas e dois canais de organização. O Brasil, junto com o México, continua a ser gerenciado como uma operação única, enquanto que a região Norte da América Latina (Nola) incluirá todos os países andinos (Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) e a região Sul será formada por Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. Os grupos de canais foram divididos em corporativos e para pequenas e médias empresas.
Ao citar as três principais áreas de atuação da empresa ? segurança, disponibilidade e integração ?, Grava adiantou que a o modelo de licenciamento de software será alterado. ?A idéia é facilitar a vida do usuário, que hoje já tem de lidar com inúmeros fornecedores. Por isso, vamos adotar um esquema de licenciamento único para produtos Symantec e Veritas.?
Embora não faça previsão de crescimento, ele observa que o mercado mundial de software em geral tem crescido a uma taxa média de 7% ao ano, enquanto o de segurança tem apresentado expansão de 12%.