O teatro vai chegar à telinha dos computadores. Esse é um dos projetos que está em gestação na Businessquare, agência digital que já nasce com um investimento de R$ 10 milhões injetados pelo grupo Fernandes Araújo, do ramo de construção civil, com o objetivo de oferecer uma solução digital completa para empresas, instituições e órgãos públicos.
Batizado de Teatro em Casa, está previsto para ser lançado em novembro, com um acerco de dez peças, que serão oferecidas ao consumidor na forma on demand, com pagamento mensal, que visa popularizar o teatro e servir como ferramenta de inserção social. A solução tecnológica não precisa que o usuário faça donwload ou instale qualquer tipo de plugin, e vai agregar uma série de serviços adicionais como e-commerce para vendas de itens de merchandise, inserção de patrocínios, informações sobre os autores e atores, making off da encenação e até mesmo comerciais, uma vez que a peça pode ser dividida em vários atos.
"Como elas podem ter cunho educativo e cultural, como as encenações classificas, a idéia e promover a inserção social e até ser beneficiada por leis de incentivos. Avaliamos que existe um grande mercado fora dos grandes centros", afirma Betho Lima, diretor da Businesquare, acrescentado que à medida que o acervo for crescendo há o efeito da cauda longa, com oferta de peças atuais com maior demanda e compras mais pontuais do catálogo antigo.
Após seis meses de estudo, os consultores da empresa perceberam que, com a evolução dos sistemas digitais, três pontos modificarão o mercado nos próximos anos, e a aplicação destes gerará novas formas de negócios: desenvolver conteúdo será fundamental; o conhecimento, cada vez mais profundo das pessoas, modificará por inteiro a forma de relacionamento cliente-empresa-colaborador e, consequentemente, as ferramentas de marketing; a comunicação passará a ser mais efetiva e criteriosa. "Cerca de 90% do mundo corporativo não utiliza corretamente os meios digitais para a geração de negócios", diz Lima.
Outro projeto que vai ao encontro à atividade de construção civil do grupo, são dois projetos para o setor: construção digital e condomínio digital. O primeiro prevê a instalação de uma webcam para acompanhar o ritmo das obras em tempo real, mas com um conteúdo adicional que não se limita só a relatórios frios. "Vamos disponibilizar entrevista com o engenheiro responsável pela obra e até chats para os compradores interagirem", explica Lima.
O de condomínio prevê a criação de uma rede de moradores para promoção de atividades sociais e recreativas, distribuição de comunicados e avisos, gravação de assembléias que podem ser vistas on demand por aqueles que não puderam participar, instalação de webcans, mensagens em SMS, etc. "O objetivo é quebrar a frieza dos condôminos através de uma rede social, um 'orktut' dos moradores", exemplifica Lima.
Nessa mesma linha de projetos, a Businessquare está trabalhando com a Fundação Rotary para criar em rede social dos rotarianos, incluindo conteúdos como projetos desenvolvidos entre as diversas unidades espalhadas pelo país, como um guia que pode ser replicado entre os membros que desenvolvem atividades sociais e educativas. "Muitas vazes um projeto desenvolvido por um núcleo pode servir de base para referência dos demais, inclusive com soluções para captação de recursos", diz Lima, acrescentando que esse "orkut rotariano" tem também um hotsite com conteúdo, vídeo, interação, etc. "Ele servirá também para a preparação do Congresso Mundial rotariano que reunirá mais de 35 mil pessoas no Brasil."
E-commerce
A agência também foi contratada pelo site de e-commerce iNet para enriquecer o conteúdo do portal com comentários, avaliações e vídeos explicativos dos produtos para melhora e experiência de compra do consumidor. "Queremos encantar o consumidor para que ele não saia do site para pesquisas em outros sites e conclua a compra sem precisar de uma segunda opinião", comenta Lima.
O presidente da Businessquare, Ary Fernandes e Araújo Júnior, explica que a maioria dos sites está baseada na tecnologia 1.0, ou seja, sites estáticos sem atualização. "Significa que não estimula o internauta (consumidor ou potencial consumidor) a retornar naquele mesmo ambiente, e os buscadores, como o Google, não identificam com facilidade a empresa, ocasionando perda de negócios."
O futuro da comunicação e de relacionamento é o conceito 2.0, que permite a ação e reação, isto é, a interatividade. "Uma empresa ou indivíduo se comunica e recebe de alguma forma a resposta, uma nova informação de quem foi comunicado, aprimorando cada vez mais o conhecimento, numa cadeia sem fim", detalha o diretor geral, Betho Lima. Para que esta interatividade aconteça e comece a gerar resultados, é necessário que se apliquem de forma profissional algumas das principais ferramentas 2.0: sites, blogs, fóruns, mobilidade, TV, WebTV, podcast, e-learning, e-commerce, t-commerce, intranet e rede sociais.
Segundo Lima, "a agência foi desenvolvida para entregar às empresas ferramentas de interatividade aos seus clientes, de tal maneira que o ambiente virtual se torne real para conversar diretamente com seus públicos, saber o que ele pensa, suas queixas, reclamações e satisfação. Quando criadas corretamente, tais empresas conseguem obter retorno sobre seus produtos, saber onde podem melhorar e como satisfazer seu consumidor e, ainda, aprimorar o profissionalismo e a qualificação de seu funcionário. Caso ocorra alguma falha em um processo, a informação chega rapidamente e há como agir."
Ao contrário do que muitas empresas pensam, ter um blog não significa estar no conceito 2.0. "Para uma empresa estar dentro do conceito é preciso montar uma estrutura de comunicação digital. O site pode ser institucional com informações e sem atualização diária. E o blog, não consegue criar uma rede social digital", finaliza Lima.
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