Base de assinantes 3G dobra em 5 meses graças ao WCDMA

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Depois de vários ajustes metodológicos e correções de dados por parte da Anatel, parece que começa a ficar mais clara qual a real penetração da banda larga por celular no Brasil. O número de assinantes do serviço 3G no país cresceu 106,42% de fevereiro a julho deste ano. E esse crescimento seria bem maior, da ordem de 123,9%, se fossem considerados somente os serviços WCDMA/HSPA, uma vez que a tendência de descontinuação da outra tecnologia 3G (CDMA2000/EVDO), atualmente oferecida só pela Vivo, se confirma mês a mês. Os dados foram apurados a partir dos últimos levantamentos da Anatel sobre telefonia móvel. A base 3G, que no início de 2009 era de 2.040.891 acessos móveis (1,34%), encerrou a primeira metade do ano com 4.212.710 dispositivos (2,6%). Na divisão por tecnologia 3G, há 3.994.544 acessos móveis WCDMA/HSPA (2,47%), sendo 2.010.740 handsets e 1.983.804 terminais de dados. Os modems e celulares CDMA2000/EVDO totalizaram 218.166 (0,13%) em julho, queda de 57,82% em relação a agosto de 2008, mês que a Anatel começou a informar em seus balanços os terminais dessa tecnologia. Em fevereiro os aparelhos celulares WCDMA/HSPA somavam 1.436.113 (0,94%), contra apenas 347.943 modems (0,23%). Vale lembrar que até janeiro era impossível fazer tal levantamento, pois a Anatel divulgava em seu relatório mensal o número de dispositivos de dados sem discriminar a velocidade de dados deles. A partir de fevereiro, a agência passou a informar o número desses terminais com o critério 'até 256 kbps' (2G e 2,5G) e 'acima de 256 kbps' (3G). Como a agência já informava, desde agosto de 2008, os dispositivos CDMA2000, agora ficou fácil discernir quais os acessos móveis 3G são CDMA2000/EVDO e quais são WCDMA/HSPA.
Outro dado interessante apurado a partir do levantamento é que, apesar de ter mais do que dobrado de fevereiro a julho, a base de assinantes WCDMA/HSPA cresceu somente 5,91% de junho a julho. Ou seja, saiu de 3.771.607 (1.903.030 celulares e 1.868.577 modems) para 3.994.544, o que prova que o grande 'boom' da tecnologia se deu no início do ano, ou nos quatro meses anteriores. A teledensidade também registrou grande crescimento do início do ano para cá, saindo de 0,93 em fevereiro para 2,09 em julho. Ou seja, a cada grupo de 100 assinantes, mais do que dois têm acesso WCDMA/HSPA. Já o market-share do 3G CDMA/EVDO cai, mês a mês. Despencou de 0,37%, em agosto do ano passado, para um irrisório 0,13% no último mês de julho. Agora, a cada 100 acessos, menos de 1 (0,11) é EVDO.
2G e 2,5G
Os dispositivos com taxas inferiores a 256 kbps (Edge e/ou GPRS), mais conhecidos como 2G ou 2,5G, apresentaram um crescimento bem mais modesto do início do ano para cá. Em fevereiro somavam 1.194.073 (0,78%) e em julho eram 1.731.356 (1,08%) acessos, entre modems e celulares. De junho a julho, o acréscimo foi de 62.396 assinantes.

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