Nem bem desembarcou no mercado, a ferramenta de geolocalização do Facebook para smartphones, batizada de Places, já vem recebendo críticas nos Estados Unidos. A ACLU, organização não-governamental americana de defesa dos direitos e liberdades civis, afirmou que o Places viola as leis de privacidade do país e quer que ele seja investigado por órgãos reguladores do setor.
Em comunicado, a ACLU diz que a nova ferramenta não permite aos usuários desligar a opção de "ser encontrado" por outros usuários do serviço nos lugares em que está. De acordo com a ONG, quando se clica no botão para não ser achado, aparece uma mensagem informando que o serviço está indisponível.
Outro problema encontrado pela ONG é a função "Here Now" (Aqui Agora, em tradução livre), que avisa à lista de amigos das pessoas onde elas estão em tempo real. Segundo o comunicado da ACLU, o Facebook tornou essa ferramenta muito fácil de ser usada, mas para desligar é preciso entrar nas configurações de privacidade de todo o perfil na rede social, numa forma de desencorajar os usuários a desabilitar o botão.
De acordo com o comunicado, o Facebook, "mais uma vez tratou a privacidade de seus usuários como problema secundário, tornando suas informações disponíveis para qualquer um". A ACLU dá a entender que os dados pessoais dos internautas são deixados abertos para todos numa estratégia de vender espaço publicitário baseado no comportamento e preferências de cada grupo de pessoas.
O Facebook Places foi lançado na quarta-feira, 18, numa coletiva de imprensa realizada nos Estados Unidos. O serviço ainda não foi lançado mundialmente.
- Investigação