Indústria de equipamentos de telecom aponta riscos no desequilíbrio das exportações

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A índústria brasileira de equipamentos de telecomunicações tem sentido, nos últimos anos, um processo de desequilíbrio entre importações e exportações, com aumento significativo no déficit da balança comercial. Segundo dados apresentados por Aluizio Byrro, chairman da Nokia Siemens Networks e vice-presidente de telecomunicações na Abinee, a indústria eletroeletrônica é 4% do PIB, mas a meta é chegar a 7% até 2020. O setor de fornecedores de equipamentos de telecom sozinho representa 0,6% do PIB, e a meta é chegar a 1,7% em 2020. "Este ano, os fornecedores de telecom devem faturar US$ 11,3 bilhões, menos do que os US$ 11,7 bilhões em 2008, e acumulará um saldo comercial negativo de US$ 683 milhões", diz Byrro. Ele explica que houve 80% de aumento nas importações, sobretudo de componentes, e que isso deve dificultar o cumprimento das metas de crescimento. "Sem mudança nas políticas, continuaremos sendo montadores de equipamentos", disse. Ele explica que o mercado brasileiro é forte em crescimento, dinâmico em inovação, e o apoio do BNDES é positivo. "Mas os problemas são a carga tributária, insuficiência de recursos humanos, insegurança no marco regulatório, instabilidade nas regras de incentivos existentes, lentidão na tomada de decisão. Se isso não mudar, não conseguiremos mudar o quadro". Byrro participou do Painel Telebrasil, que acontece nesta quinta, 19, no Guarujá (SP).

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