Em resposta a um processo aberto no reino Unido contra o Google, que foi acusado de violar a privacidade de usuários do navegador Safari, da Apple, por meio de cookies rastreadores, o gigante das buscas declarou que as leis britânicas não se aplicam à companhia. De acordo com o jornal inglês The Guardian, a empresa disse ainda que o caso deve ser julgado na Califórnia (EUA), onde fica sua sede mundial, reiterando que as alegações dos usuários do Reino Unido "não são graves" e afirmando que os hábitos dos usuários de internet não estão protegidos como "informação pessoal", mesmo quando relacionados à sexualidade ou saúde física.
A resposta da empresa foi dada aos documentos judiciais apresentados por um grupo de usuários britânicos denominado Usuários do Safari Contra o Rastreamento Secreto do Google. A reivindicação do grupo, que representa mais de 100 usuários da Apple, segundo o jornal, é por uma indenização da empresa por violar sua privacidade ao instalar cookies rastreadores no navegador de iPhones e iPads sem seu consentimento. No ano passado, o Google foi condenado pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) a desembolsar a quantia de US$ 22,5 milhões para retirar acusações de violação das configurações de privacidade dos usuários que utilizam o Safari.
O posicionamento atual do gigante das buscas perante as acusações no Reino Unido foi criticado por grupos de pressão locais. O caso está marcado para ir a julgamento em um tribunal inglês em outubro.