Assim como qualquer negócio, o varejo está em constante evolução, demandando cada vez mais métodos de integração e de inteligência que acrescente à experiência positiva dos consumidores. A tecnologia emergiu como uma grande aliada nesse cenário, impulsionando a eficiência e a transformação do setor.
Além de aumentar a produtividade e proporcionar um atendimento personalizado aos clientes, a inteligência no varejo abrange também gestão de riscos, controle de processos e, claro, a conectividade. Assim, entender os elementos que constroem um varejo inteligente é essencial para a implementação oportuna da inovação nas operações.
A tecnologia é uma peça fundamental
Precisamos entender que para construir um varejo inteligente a integração de tecnologias avançadas é fundamental. Estamos falando de sistemas de gestão que permitem uma visão holística do negócio e facilitam o controle, a gestão e análise de processos em todas as lojas da rede, por exemplo.
Garantir a visibilidade com indicadores do que acontece em cada loja, é garantir também processos operacionais com o mínimo de erros e de riscos, ampliando a eficiência e o valor estratégico do varejo. Os dados são, inclusive, a grande porta para que varejistas entendam melhor os comportamentos e as preferências dos consumidores, personalizando o ambiente físico do varejo para melhorar a experiência de compra.
Do ponto de vista da gestão, o controle dos processos também é simplificado, visto que há tecnologias de monitoramento e sistemas de vigilância por vídeo e softwares de detecção de fraudes, furtos e erros que protegem um grande medo dos varejistas: a perda e os danos financeiros.
Com dispositivos conectados de forma acessível e com a devida disponibilidade, o monitoramento pode ser feito em tempo real e, com isso, grande parte das perdas conseguem ser evitadas antes mesmo de surgirem.
Por que a tecnologia ainda não é tão presente quando deveria?
Se analisarmos o panorama de eficiência operacional de 2023 do varejo de supermercado realizado pelo ABRAS, por exemplo, enxergamos que 31% dos negócios da área não investiram na inteligência por falta de recursos financeiros e alto custo. Dentro dos 30% da categoria 'outros', a falta de planejamento, de importância e de atualização tecnológica são mais motivos.
Ainda que as vantagens de um varejo inteligente brilhem aos nossos olhos, os desafios de implementação ainda geram dúvidas. Varejistas podem encontrar o custo das novas tecnologias como um obstáculo inicial e justificar esses investimentos torna-se difícil para eles. O receio da complexidade e demora da integração também é mais um ponto de alerta.
No entanto, todo investimento em tecnologia, por mais simples que seja, vai proporcionar alguma melhoria na maturidade da operação varejista e o custo de financiamento para essa implementação é paga ao longo do tempo, já que as lojas terão suas perdas reduzidas e um aumento significativo da eficiência ao automatizarem e aplicarem inteligência aos processos. Uma dica de ouro é solicitar ao parceiro de tecnologia um estudo de ROI, indicando como o investimento trará retorno ao longo do tempo.
Considerando a era digital do mundo corporativo, resistir a essa mudança estagna a eficiência operacional das lojas e impossibilita uma escalabilidade saudável para o negócio e a fidelização de clientes.
Dentro do varejo, a tecnologia é um artifício estratégico para a adoção de sistemas que controlam os riscos de erros operacionais, furtos e fraudes de forma que a gestão de frente de caixa e de estoque são aprimoradas e minimizam a perda do varejo.
Por isso, é preciso enxergar a implementação não como um custo, mas como um investimento e procurar fornecedores especialistas no assunto para prover orientação, suporte e prevenção de riscos durante a implementação. O foco de um varejo inteligente deve estar direcionado para a adoção de uma estratégia tecnológica abrangente, priorizando uma melhoria operacional que reflita no relacionamento com os clientes e garanta a sustentabilidade do negócio em um mercado que se torna para vez mais competitivo.
Adriano Sambugaro, CEO da Inwave.