A Redecard, responsável pela administração das transações financeiras com lojistas e portadores de cartões de crédito e débito das bandeiras Mastercard e Diners, passa a adotar código de segurança para reduzir fraudes com cartões de crédito MasterCard e Diners Club International.
A partir de agora, para realizar as transações feitas via POS (equipamento eletrônico no ponto-de-venda) será necessário digitar os três últimos números impressos na tarja de assinatura, que fica no verso do cartão. O método dificulta a falsificação do cartão de crédito, já que este dado não consta na tarja magnética. Com o novo procedimento, a companhia prevê uma redução de até 50% nas fraudes desta modalidade.
A estimativa é baseada no piloto realizado pela Redecard com uma grande rede varejista que constatou queda de 90% nas fraudes. O teste, realizado entre setembro de 2003 e abril de 2005, identificou ainda que a mudança no procedimento não teve impacto sobre as vendas. Para a alteração na operação de crédito é necessário apenas atualizar o software instalado no POS.
Desde maio, a Redecard já atualizou mais de 234 mil aparelhos e até o fim do mês todo o seu sistema deve estar apto a operar com o novo método ? semanalmente a empresa conclui a atualização de 30 a 40 mil POS.
O novo procedimento nas transações de crédito tem sido facilmente adotado pelos estabelecimentos, já que pouca coisa muda na operação. Além disso, os comerciantes beneficiam-se de maior segurança proporcionada pelo uso do código. ?É uma mudança simples, mas que traz benefícios grandes?, avalia Eduardo Daghum, diretor de Risco da Redecard.
Normalmente o procedimento utilizado nas transações com cartão de crédito pede a digitação dos quatro últimos números impressos na frente do cartão, que na maioria das vezes é o mesmo gravado na tarja magnética. Dessa forma, a confirmação da operação é feita no próprio POS, com a análise do número registrado pela leitura da tarja e dos dados digitados. Apesar de prevenir que as informações de uma tarja sejam usadas na tarja de outro cartão, este método não impede que, uma vez roubados os dados magnéticos, um novo cartão idêntico ao original seja confeccionado, incluindo os dados físicos impressos na frente.
?Como o código de segurança do verso do cartão não consta na tarja, as informações capturadas pela leitura magnética e as digitadas têm que ser transmitidas pela Redecard ao banco emissor, para que a conferência seja feita no sistema de cadastros do banco?, diz Daghum. ?Dessa forma, a fabricação de um novo plástico é dificultada, pois torna praticamente impossível a cópia dos dados magnéticos e registro dos números impressos para posterior associação e elaboração de um plástico falsificado?.
Até hoje, o código no verso do cartão era usado apenas em transações que não contam com a presença do portador, como nas que são feitas pela internet. A inovação consiste em adotar o código também para certificação de 100% das transações.