O mercado de serviços de rede está se tornando mais importante para AT&T fora dos Estados Unidos, uma vez que as receitas de seus clientes globais também crescem mais no exterior do que nos países onde estão sediados.
A informação é da presidente de Vendas para Canadá, Caribe e América Latina, Andréa Messineo, que nesta quinta-feira, (20/9), veio o Brasil para uma convenção com clientes e parceiros, cujo tema é ?Tendências Tecnológicas para um Mundo Globalizado?, baseado num estudo feito em cooperação com The Economist Inteligence Unit.
Para exemplificar citou a internacionalização do próprio mercado brasileiro, que em 2005 tinha quatro empresas listadas na Forbes 2.000, e hoje já conta com 22 corporações listadas como globais.
Javier Semerene, vice-presidente de Vendas da AT&T para América Latina, diz que a mesma pesquisa feita com 492 executivos em âmbito mundial, aponta que 42% das empresas multinacionais terão 50% ou mais de suas receitas contabilizadas com vendas no exterior. Das empresas sediadas no Brasil, 50% delas confirmaram essa tendência.
Investimentos
A executiva explicou que os investimentos no Brasil não são feitos isoladamente, mas sim na melhoria e expansão da rede MLPS/IP mundial, que cobre 155 países. No passado a rede recebeu investimentos de US$ 750 milhões, que significou um incremento de 89% em relação ao ano anterior.
Ela diz que a estratégia de crescimento da AT& em mercados locais não é por aquisição, como seus concorrentes BT e Global Crossing, que compraram provedores no país para ganhar market share, mas sim em fazer parcerias com empresas locais, como ocorre com a Embratel, do grupo Telmex, responsável por atender os clientes com a conexão de última milha.
Desde 1990 a AT&T tem parceria com o grupo Carson, onde detém 8% da Telmex e América Movil; também 49% da Alestra, segunda operadora do México. Na região ela conta com cerca de 600 clientes, atendidos por 13 nós da AGN ? AT&T Global Network e 6 ePOPs em 13 países, além de Miami e Porto Rico.
A divisão Entreprise, contribuiu com 16% da receita do grupo no período de maio a agosto de 2007, o que representou receitas de US$ 4.758 milhões. No ano passado, a receita dessa divisão foi de US$ 19.632 milhões, de um faturamento global de US$ 117.054 milhões no mesmo período.