Neste agosto, comemoramos os 5 anos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Publicada em 14 de agosto de 2018 e implementada em setembro de 2020, a lei veio na intenção de proteger a privacidade e os dados
Em um país onde as fraudes eletrônicas são frequentes e a digitalização é recente e desigual, a LGPD representa um passo importante para proteger os consumidores. A transição do mundo físico para o virtual é um processo de aprendizado pautado na confiança, e a lei pode ser vista como um instrumento que fortalece essa confiança.
A LGPD impôs regras rígidas, mas necessárias, sobre a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais. Em um cenário onde muitos consumidores estão iniciando sua jornada digital, a confiança é crucial. As empresas, ao se adaptarem à LGPD, não apenas cumprem a lei, mas também fortalecem a relação de confiança com seus clientes.
Para se adaptar à lei, as empresas precisaram implementar Programas de Governança em Privacidade, nomear um Data Protection Officer (DPO) e garantir a conformidade com a lei. Isso tudo sabendo que o não cumprimento da LGPD pode resultar em impactos na reputação da empresa, consequências financeiras, perda de oportunidades de negócio e impacto na competitividade.
Os desafios da LGPD
O Brasil enfrenta desafios significativos na aplicação e fiscalização da
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) enfrentou desafios na fiscalização e aplicação de sanções, como no caso da microempresa sancionada. Um outro desafio encontrado durante esses anos foi a necessidade de regulamentação de diversos aspectos da LGPD, como o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, transferência internacional de dados, entre outros.
Todos os setores, que lidam com dados pessoais e são
A LGPD reforça a importância da segurança cibernética e da privacidade em um país onde fraudes eletrônicas são frequentes e sofisticadas. A sofisticação das fraudes é alta, e todos, independentemente da classe social, podem ser vítimas. Portanto, a lei, juntamente com a governança corporativa e educação do consumidor, é essencial para proteger os cidadãos.
Qual o futuro da LGPD?
A LGPD é apenas o começo de uma jornada de proteção de dados no Brasil
Durante os próximos anos, a ANPD deve continuar sua atuação ativa, com foco na regulamentação e fiscalização. A proteção de dados e
Drex e a Transformação Digital Brasileira
É importante sabermos também que a introdução do Drex, a moeda digital brasileira, representa mais um passo na jornada de digitalização do Brasil. O
A transição do mundo físico para o digital sugere que o Drex é uma resposta natural à crescente demanda por soluções digitais no Brasil. Em um país onde a digitalização é desigual e muitos ainda estão no início de sua jornada digital, o Drex pode ser visto como uma ferramenta que democratiza o acesso à economia digital, proporcionando a todos os brasileiros os benefícios da digitalização em um ambiente seguro.
Além disso, o Drex tem o potencial de revolucionar o comércio, oferecendo transações mais rápidas e eficientes. Com a introdução de contratos digitais inteligentes (smart contracts), os processos de negociação serão otimizados, reduzindo a necessidade de intermediários e acelerando as transações.
No entanto, é crucial que as organizações e consumidores estejam educados e informados sobre os benefícios e riscos associados ao Drex. A segurança digital é uma via de mão dupla: enquanto a tecnologia pode oferecer proteções robustas, os usuários também devem ser proativos em proteger seus dados e estar cientes das ameaças potenciais, como esquemas de phishing e táticas de engenharia social.
Lucas Galvão, CEO da Trust Governance.