É fato que a pandemia acelerou o processo de integração da tecnologia com as empresas e que a transformação digital está acontecendo de forma crescente em todos os setores da economia. Muitas companhias compreenderam a necessidade e os benefícios do sistema ERP (Enterprise Resource Planning), que passou a assumir o papel de protagonismo no mundo dos negócios.
Presente desde o mundo analógico, esse tipo de solução tem passado por mudanças – em especial, no que diz respeito à mobilidade, sustentabilidade, customização e inteligência aplicada aos processos. Mais recentemente, uma nova geração de softwares ERP chegou ao mercado, instituindo plataformas Low Code/No Code e possibilitando a desburocratização da ferramenta. Isso permitiu ganho de escala, com qualidade e agilidade, já que as companhias se tornaram capazes de fazer suas próprias adaptações, com menor custo e com mais flexibilidade. Se antes havia a percepção de algo engessado e imutável, que buscava padronizar as empresas, forçando-as a se encaixarem nas plataformas, agora, vivemos o contrário.
Hoje, o que vemos é que a facilidade de adaptação das soluções ERP tem feito emergir os diferenciais competitivos das companhias independentemente de seu setor de atuação. As empresas passaram a ter autonomia e a fazer com que o software se encaixe em seus negócios e na sua realidade, e não o contrário.
Conforme dados divulgados pelo IDC Brasil, o mercado de softwares de gestão (ERP) vem crescendo a cada ano. Em 2020, o desempenho foi 25% superior em relação ao ano anterior considerando todos os segmentos. Outra pesquisa recente realizada pela Deloitte, que avalia as expectativas e prioridades dos líderes empresariais para o ambiente de negócios brasileiro, revela que 95% dos empresários mencionaram o ERP como recurso fundamental para o êxito nos negócios em 2022. Isso demonstra que as lideranças reconhecem a importância de ter processos padronizados, sincronizados e automatizados na busca por mitigar desperdícios e falhas operacionais. O foco está na eficiência.
Por se tratar de um conjunto de módulos integrados, incluindo finanças, contabilidade, RH, vendas, gestão de estoques e muito mais, o ERP está ganhando novas funcionalidades, evoluindo para oferecer um sistema sempre atualizado e que atenda às necessidades e às demandas do mercado e dos empreendedores. As extensões Low code/No code têm permitido, justamente, que essa evolução seja mais rápida e sustentável.
Para que as soluções tecnológicas tenham êxito e possam ser aproveitadas em sua amplitude máxima – seja um ERP ou qualquer outra plataforma -, é fundamental olhar para a cultura organizacional e para as pessoas que atuam naquela empresa. Quem transforma dados em inteligência, no fim do dia, é quem está na frente da tela. É o olhar apurado, a maturidade e o senso de urgência dos profissionais envolvidos nos processos que vão nortear a tomada de decisão, que vão dar subsídios para análises que podem levar os negócios em diferentes direções.
Por isso, um ambiente corporativo que permita a criatividade é essencial. Estimular a pensar diferente e a trazer novas soluções é fomentar a cultura da inovação. O que faz o negócio avançar é a combinação da ferramenta adequada e dos profissionais dedicados capazes de avaliar problemas complexos por meio de informações consistentes, traduzindo-os em ações assertivas e efetivas. Investir na cultura de inovação é também investir em uma equipe diversa, que gera insights, que analisa dados, que abre espaço para o novo e que tem a permissão para explorar outros mares, transformando erros e acertos em aprendizados.
Fabrício Oliveira, CEO da Vockan.