NIC.br, Inmetro e Anatel realizam avaliação do serviço de banda larga no Brasil

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O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e com o apoio da Rede Nacional de Pesquisas (RNP), iniciou um estudo com objetivo de avaliar a qualidade dos serviços de banda larga oferecidos no País.
As medições serão feitas com dois métodos diferentes: o primeiro contará com a colaboração dos usuários de serviços de banda larga no Brasil. Para isso, o NIC.br desenvolveu o Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha (SIMET), disponível no link: http://www.ceptro.br/Simet. O software é executado pelo navegador web e basta apenas autorizar sua execução e acesso à Internet, caso o sistema operacional ou firewall solicitem.
Com estes testes via SIMET, o NIC.br espera obter uma base de comparação em relação à análise realizada com thin client e GPS e também proporcionará acesso à informação sobre a velocidade de banda larga por CEP. "Queremos contribuir para obter melhorias na Internet. Este é o compromisso do NIC.br e este estudo possibilitará avaliar a qualidade da banda larga no Brasil", afirmou Milton Kaoru, diretor de projetos do NIC.br. "Quanto mais usuários utilizarem esse software, com as mais variadas qualidades de conexão, melhor será o panorama sobre a qualidade do serviço prestado", ressalta.
Velocidade real
A outra frente de ação teve início em novembro, quando 100 equipamentos começaram a ser instalados em domicílios que se apresentaram voluntariamente de diversas localidades do Brasil. Os dados obtidos possibilitarão obter uma visão sobre possíveis diferenças entre o serviço contratado e o realmente fornecido aos usuários. Será instalado um thin client com receptor GPS, ligado a uma conexão Internet contratada especificamente para o teste, e de uso exclusivo desse equipamento. Será aferida a qualidade das operadoras/provedores com maior participação de mercado e o NIC.br arcará com as despesas da conexão.
Investimento
O investimento realizado para essa pesquisa com thin clients e GPS é de, aproximadamente, R$ 100 mil e os testes serão conduzidos pelo NIC.br, sem que operadoras/provedores avaliados saibam a localização dos equipamentos, a fim de proporcionar a maior idoneidade possível. Os voluntários fornecerão local físico para os equipamentos, farão sua instalação, realizarão a contratação e posterior cancelamento da conexão Internet. Não poderá ser utilizada a mesma conexão Internet já instalada na residência.
O SIMET depende da colaboração dos usuários finais, que fazem testes apenas ocasionalmente. "A vantagem é o seu amplo alcance, visto que possibilita obter resultados de todo o país e provedores, mas não tem a precisão do thin client com GPS, pois não temos controle sobre o hardware do computador utilizado, da rede residencial e nem das aplicações que estão em execução simultaneamente com o software SIMET. A análise via SIMET e thin clients aperfeiçoará nossa coleta de dados e teremos um estudo mais completo", adiciona.
Segundo Kaoru, a maneira como os provedores realizam o controle da banda larga para atender o serviço contratado pode ser realizada de várias formas. Sabe-se que no mercado a velocidade de banda contratada diz respeito à quantidade de bits trafegados, seja via cabo metálico, fibra ou ar. Tecnologias em geral, como ADSL, Cabo Modem, SDH, ATM, por exemplo, criam uma diferença entre a velocidade nominal e a real. "Na Internet, há uma perda adicional decorrente do protocolo utilizado. O SIMET mede a largura de banda utilizando os protocolos UDP e TCP. O UDP transmite as mensagens sem preocupar com o que possa acontecer com a mensagem na rede, enquanto o TCP atua para entregar os dados de forma confiável, sem perda de pacotes, com controle de congestionamento e fluxo. Observamos que o TCP tem evoluído nos últimos anos para maximizar o uso da banda larga disponível, mas sempre tem alguns bits gastos para isso que não fazem parte dos dados transportados. Portanto, os testes apenas considerarão o transporte de dados entre cliente e servidor", disse.

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