A implantação de tecnologias para estabelecer uma infraestrutura de TI confiável no ambiente corporativo tem crescido nas empresas ao redor do mundo. E no Brasil não é diferente, tanto que já é hoje o quarto país com o maior nível de maturidade em TI, com um índice de 53,8%, ficando atrás apenas da China, a primeira do ranking com 65,2%, Estados Unidos (61,8%) e África do Sul (60,9%). Considerando somente os países que compõem o chamado BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o terceiro com o melhor índice de desenvolvimento em TI.
Os dados são de pesquisa realizada em setembro pela EMC, fabricante de sistemas de armazenamento e gerenciamento de informação, em parceria com a Vanson Bourne, empresa de pesquisa de mercado, com 1,6 mil executivos de TI e 1,6 mil tomadores de decisão de negócios em 16 países, de dez setores da indústria considerados estratégicos pela EMC.
Considerando o nível de maturidade por segmento, o de serviços financeiros lidera mundialmente a lista com índice de 54,1%, seguido por ciências humanas, com 53,9%, TI e tecnologia, em terceiro lugar, com 53,8%, e saúde, na quarta posição, com índice de 51,6%. Comunicação, entretenimento e mídia (49,2%) e consultoria (46,1%) ocupam os últimos lugares do ranking, respectivamente.
A pesquisa indica que as indústrias altamente regulamentadas apresentam níveis proporcionalmente maiores de maturidade. "A maturidade de TI é altamente dependente de três fatores: orçamento, regulamentação e economia", comentou Carlos Cunha, presidente da EMC Brasil durante apresentação do estudo nesta terça-feira, 19.
Falta de confiança
O estudo mostra, ainda, que a falta de confiança dos executivos está relacionada principalmente às exigências críticas de TI, disponibilidade contínua, segurança avançada, backup e recuperação de dados. Quase metade (45%) de todos os entrevistados admite não estar confiante de que suas organizações têm as capacidades adequadas de disponibilidade, segurança e backup e recuperação. No Brasil, este número aumenta para 50%.
Nos últimos 12 meses, 61% das empresas questionadas sofreram ao menos uma vez com tempo de inatividade não planejado (37%), falha de segurança (23%) ou perda de dados (29%). Já no Brasil, os percentuais relacionados a tais incidentes aumentam para inatividade imprevista (46%), falha de segurança (27%) e perda de dados (44%), sendo que 78% dos participantes sofreram pelo menos um deles.
A pesquisa também revela que as organizações com maiores níveis de maturidade evitam e se recuperam mais rapidamente de incidentes, sofrendo consequências menores. Das empresas com maior nível de maturidade (líder), 53% relataram tempos de recuperação de dados mensurados em minutos, ou menos, para suas aplicações operacionais mais críticas. Já 76% das organizações do mesmo nível acreditam que são capazes de recuperar 100% de sua perda de dados em todos os casos, contra apenas 44% com nível menor de maturidade (retardatário).