O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, determinou nesta quinta-feira, 19, a criação de uma Comissão de Segurança Cibernética para acompanhar a investigação da Polícia Federal sobre ataques cibernéticos no dia do primeiro turno da eleição municipal de 2020 (15/11) e outras ações coordenadas por parte de grupos criminosos para tentar deslegitimar o processo eleitoral.
A comissão, que será presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, também vai elaborar estudos sobre ações de prevenção e enfrentamento de ilícitos decorrentes da ação de hackers.
Além do ministro Alexandre de Moraes, integram a comissão o corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão; o delegado federal Disney Rosseti, assessor Especial de Segurança Institucional do TSE; dois juízes auxiliares do TSE; e um representante da Secretaria da Tecnologia da Informação (STI) do TSE.
A comissão leva em conta que, no dia do primeiro turno, ocorreram "incidentes em sistemas on-line do Tribunal Superior Eleitoral potencialmente decorrentes de ataques cibernéticos praticados de modo criminoso e mediante ação coordenada de grupo com a finalidade de prejudicar o processo eleitoral".
As investidas cibernéticas contra o TSE registradas no domingo da eleição não têm relação com o atraso de duas horas e meia na divulgação dos resultados da votação, mas podem ter ocasionado instabilidades no aplicativo e-Título e no sistema de processo judicial eletrônico (PJe).