A demanda mundial de telefones celulares deve crescer marginalmente em 2006, após forte expansão neste ano. Uma das razões da desaceleração é a redução do consumo na Rússia, que deve frear a expansão da Ásia, segundo a Japan Electronics and Information Technology Industries Association (Jeita), associação que representa a indústria japonesa de telefones móveis.
A avaliação da Jeita é que a demanda mundial de telefones celulares deve crescer somente 0,5% em 2006, com a venda de 735 milhões de unidades, após aumento de 9,4% neste ano. A entidade estima que a demanda por celulares no Japão, onde o crescimento da base de usuários vem diminuindo, caia 2,4%, para 44 milhões de unidades no atual ano fiscal que se encerra em março. A queda deve ocorrer pela lentidão na troca de celulares por modelos de terceira geração por parte dos usuários.
Apesar do crescimento de 8,5% da demanda japonesa a partir de abril, motivada pelo lançamento de novos telefones 3G, e de serviços de alta velocidade, isso será seguido por uma queda de 2% no ano fiscal que acaba em março, avalia a associação.
Por causa da esperada redução da demanda no Japão, as fabricantes de celulares japonesas como Matsushita e NEC estão se esforçando para ampliar presença no exterior, mas têm obtido pouco sucesso. A Matsushita informou na semana passada que vai parar de produzir celulares da geração atual para mercados externos e cortar 1,4 mil postos de trabalho. A notícia fez da empresa a mais recente fabricante japonesa a reduzir operações dedicadas ao exterior. A NEC está abandonando o segmento de celulares de baixo custo na China, o maior mercado de telefones móveis do mundo, e reduzindo sua força de vendas naquele país.