Um dos mais aguardados no processo de licitação da telefonia celular de terceira geração (3G), o leilão das licenças da áreas 3 e 4, que compreendem a capital paulistana e 63 municípios da Grande São Paulo, além de estados do Norte do País (Amazonas, Amapá, Pará e Roraima), frustrou as expectativas da Anatel. Ontem, o superintendente de serviços privados do órgão regulador, Jarbas Valente, havia estimado que os ágios nas licenças para São Paulo deveriam ficar na casa dos 150%, o que acabou não se confirmando.
A Vivo foi a primeira a arrematar uma licença para prestar serviços de 3G na Grande São Paulo, com um lance de R$ 168,7 milhões, o que representou um ágio de 50,85% sobre o valor mínimo estipulado, de R$ 111,8 milhões. A TIM levou a segunda licença, vencendo a Nextel, com um lance de R$ 225 milhões, um ágio de 34,13% ante o preço mínimo de R$ 167,7 milhões, enquanto a Claro venceu a disputa pela terceira licença, com a oferta de R$ 178,1 milhões, ágio de 59,25% sobre o preço mínimo, de R$ 111,83 milhões. Por último veio a Oi, que arrematou a quarta licença com um lance de R$ 187,5 milhões, ágio de 67,66% sobre o preço mínimo, de R$ 111,8 milhões.
Os ágios pagos por essas licenças não foram muito acima dos lotes das regiões 5 e 6, que abrangem os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e interior de São Paulo, os quais registraram ágio médio de 51,67%. A Oi levou a banda I por R$ 144,4 milhões (ágio de 67,96%), enquanto a TIM adquiriu a banda G por R$ 137,4 milhões (ágio de 59,86%). Já a Vivo comprou a banda J por R$ 130,4 milhões (ágio de 51,69%), e a Claro pagará R$ 174,5 milhões (ágio de 35,34%) pela banda F.
Os lotes da área 2, que cobrem o Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná (exceto Londrina e Tamarana), Mato Grosso do Sul (exceto Paranaíba), Mato Grosso, Goiás (exceto Buriti Alegre, Cachoeira Dourada, Inaciolândia, Itumbiara, Paranaiguara e São Simão), Tocantins, Rondônia e Acre, foram leiloados na manhã desta quarta-feira (19/12) e totalizaram cerca de R$ 1,76 bilhão. Os quatro lotes foram adquiridos com ágio médio de 73,23%. Ontem, a Vivo levou a banda J por R$ 528 milhões (ágio de 132,2%). Hoje, a TIM adquiriu a banda I por R$ 382,2 milhões (ágio de 68,06%) e a Claro comprou a banda G por R$ 369,5 milhões (ágio de 62,44%). A Brasil Telecom pagará R$ 483 milhões (ágio de 41,56%) pela banda F.