Depois de ter encerrado no mês passado as negociações para a aquisição da Sanyo pela Panasonic por causa de os dois lados terem divergido quanto ao preço da companhia, o Goldman Sachs, maior acionista da Sanyo, informou que venderá sua participação na companhia à Panasonic por cerca de US$ 6,5 bilhões, segundo o jornal americano New York Times. A combinação da Panasonic, maior fabricante de TV de plasma, e a Sanyo, maior produtora mundial de baterias recarregáveis, criará segunda maior empresa de eletroeletrônicos do Japão, atrás apenas da Hitachi, com US$ 120 bilhões em vendas anuais.
A Panasonic, que dispõe de US$ 11 bilhões em dinheiro em caixa, havia oferecido inicialmente 120 ienes por ação para os três principais acionista – Sanyo-Sumitomo Mitsui Banking, Daiwa Securities SMBC e Goldman – agora informou que oferecerá 131 ienes por cada ação ordinária da Sanyo, um desconto de 4% em relação ao fechamento do preço do papel nesta sexta-feira, 19 – um dia antes as ações da Sanyo tiveram uma queda de 3,5%, para 138 ienes. Os três acionistas detêm cerca de 430 milhões de ações preferenciais, sendo que cada uma pode ser trocada por 10 ações ordinárias, quando for feita a restrição em março.
A decisão da Goldman, que tinha rejeitado ofertas anteriores da Panasonic por considerá-las muito baixas, vem após a empresa ter divulgado seu primeiro prejuízo trimestral desde que abriu capital. A Panasonic informou em um anúncio que está considerando investir 100 bilhões de ienes para criar efeitos de sinergia entre as duas empresas. As ações da Panasonic subiram 0,3%, para 1.029 ienes, superando o mercado acionário de Tóquio.
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