Ao longo dos últimos anos, foi possível observar uma aceleração na migração dos processos físicos e presenciais para o ambiente digital, o que não pode ser interpretado como uma simples tendência passageira, mas sim como uma evolução essencial para a otimização das operações empresariais e para a melhoria da experiência do consumidor. A digitalização se consolidou como uma necessidade estratégica, com o poder de transformar não apenas a maneira como as empresas operam internamente, mas também como se relacionam com seus clientes.
É indiscutível que a digitalização de processos traz ganhos enormes no que diz respeito à eficiência e à sustentabilidade. A substituição dos processos físicos e presenciais resulta em uma significativa redução de custos operacionais, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade ambiental das empresas. A hiper automação de tarefas e processos e a redução do uso de recursos materiais e humanos não só proporcionam uma operação mais ágil, simples e segura, mas também permitem que as organizações atendam de maneira mais eficaz às crescentes exigências por práticas empresariais digitalizadas.
No entanto, essa transição envolve diversas adaptações, não apenas a adoção de novas tecnologias, mas também uma mudança na mentalidade das organizações, sejam elas públicas ou privadas. Ela demanda uma verdadeira transformação cultural dentro das empresas ou Órgãos Públicos. A resistência à mudança, a adaptação de processos internos e a capacitação dos colaboradores são desafios inevitáveis, mas essenciais para garantir o sucesso da digitalização.
Pensando nisso, abaixo, explico 4 pontos importantes que dizem respeito ao processo de implementação e adoção da digitalização dos serviços públicos e privados.
- Da resistência à educação para a mudança
Muitos profissionais ainda enxergam os processos tradicionais físicos e presenciais como mais seguros ou confiáveis, mesmo diante de diversas evidências que mostram o contrário. Por isso, para quebrar esta barreira é essencial promover uma educação corporativa que demonstre os benefícios da digitalização em termos de maior agilidade e segurança, confiabilidade e rastreabilidade dos dados, escalabilidade e a possibilidade de informações e análises rápidas para tomada de decisões..
- Segurança digital
Em 2025, espera-se que a segurança no âmbito digital esteja no centro das estratégias das organizações. Conforme os processos migram para o digital, as ameaças de ataques cibernéticos e a violação da segurança também aumentarão. Assim, cada dia mais as organizações serão obrigadas a investir em soluções de cybersegurança e, ainda, buscar implementar soluções baseadas em plataformas robustas de fabricantes globais de tecnologia que já trazem soluções de segurança de forma nativa, garantindo não apenas a proteção de dados, mas também a confiança de clientes e parceiros.
- Inteligência artificial generativa
Essas tecnologias avançadas vêm se tornando cada vez mais acessíveis e desempenham um papel indispensável na automação de processos e na customização de experiências. Acredito que em 2025 veremos um crescimento exponencial no uso dessas soluções e de formas ainda mais inovadoras, tanto para otimização de processos internos, mas também para criar novos modelos de negócios.
- Impacto humano e treinamento de equipes
Conforme os processos se tornam automatizados, a preocupação com a substituição da mão de obra humana ressurge para os trabalhadores. No entanto, o futuro digital não é sobre substituir as pessoas, mas sim prepará-las para funções mais estratégicas e criativas, que necessitam do pensamento humano. Entretanto, essa realocação da mão de obra requer investimentos em treinamentos e capacitação, sendo algo que as organizações, sejam elas públicas ou privadas, precisam estar preparadas.
Em suma, é possível dizer que 2025 promete ser um ano em que a transformação digital deixará de ser uma opção e será vista como uma necessidade no meio empresarial privado e público. Estamos diante de um cenário no qual considero que as possibilidades são infinitas, mas cheio de desafios que exigem a preparação de todos. O futuro é digital e ele está apenas começando, mas quem não se adaptar desde já, ficará para trás.
Rodrigo Resende, Presidente na Chaintech