O programa de adesão ao software livre é um programa de Estado, com respaldo público, que já teve uma série de investimentos. A opinião é Renato da Silveira Martini, diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI – da Casa Civil da Presidência, descartando possibilidades de mudanças nas diretrizes do setor numa eventual troca de Governo nas próximas eleições.
O presidente do ITI esteve em São Paulo nesta segunda-feira, 20/3, para participar da reunião de constituição do Comitê de Tecnologia da Informação da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE), que pretende discutir e incrementar o intercâmbio tecnológico entre os dois países nas áreas de TI e Telecom.
Questionado sobre maior rapidez na adoção do software livre pela área governamental, Martini disse que ?os projetos de migração não pararam, eles continuam no ritmo natural de cada Ministério?.
Segundo explicou, o Governo tem uma imensidão de sistemas, muitos deles em mainframe, que não podem ser desligados para instalação de uma nova solução. ?Temos um programa de interoperabilidade, o e-Ping, criado em 2003, que é um programa interministerial que trata do midleware para fazer essas interconexões?, acrescentou.
Martini informou ainda que o Brasil recebeu a visita do consórcio europeu Object Web, grupo que estuda a questão do midleware em software livre, cuja proposta de adesão está sendo estudada pelo ITI e o Serpro. A China já aderiu a projeto.
Disse ainda que o Brasil está participando de um grupo de trabalho junto com Holanda, Argentina, Chile, África do Sul, Europa Ocidental e outros países sobre vários aspectos do impacto do código aberto na economia da informação. ?Coube ao Brasil avaliar o impacto sobre o Governo?,
concluiu.