As pequenas e médias empresas (PMEs) deverão ser as principais geradoras de dados nos próximos anos, de acordo com a Frost & Sullivan.
A empresa de consultoria estima que a receita do mercado de dados no Brasil em 2010 deverá atingir R$ 10,34 bilhões, 39,3% acima dos R$ 7,42 bilhões registrados no ano passado, e as PMEs terão um papel importante nesse crescimento devido à saturação de grandes clientes e multinacionais.
Em 2005, a comunicação de dados cresceu 14% em relação ao ano anterior, informou a empresa.
Segundo a consultoria, operadoras como a GVT e a Intelig têm tido bom posicionamento no mercado por focalizarem as PMEs. Isto teria feito com que Embratel, Brasil Telecom, Telemar e a Telefônica, através de seu segmento empresas, procurem alternativas para não perder a participação de 89% de receita que conquistaram, por meio da aquisição de pequenas empresas fora de suas áreas de concessão.
O analista de pesquisa da Frost & Sullivan, Danilo Tamura, sugere que para atingir o público-alvo as operadoras devem observar duas tendências: a migração em massa de antigos para novos protocolos, o que representa redução de custos para operadoras e seus clientes; bem como as soluções baseadas em IP e as novas tecnologias, tais como Gigabit e Metro Ethernet.
O executivo destaca que IP VPN/ MPLS VPN e IP dedicado representam, juntos, 24% do mercado, enquanto apenas as linhas dedicadas respondem por 22%. Ele alerta para o fato de que a migração deve canibalizar as receitas das operadoras, principalmente porque o movimento se dá de serviços mais caros para outros mais baratos.
Outra tendência apontada por ele é a oferta de serviços de valor agregado por parte das teles que querem se diferenciar de seus concorrentes e fazer com que esses serviços sejam mais lucrativos a partir do momento em que a pura transmissão de dados está se tornando uma commodity.