Até o final do ano, 20 instituições que desenvolvem pesquisas e serviços de telemedicina de 14 Estados estarão interligadas no backbone multigigabit da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), do Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto deverá consumir investimentos da ordem de R$ 5 milhões, bancados com recursos da Finep.
O processo de integração dará origem à Rede Universitária de Telemedicina (Rute), a ser lançada na próxima segunda-feira, 24/4, durante seminário na Academia Brasileira de Ciências, no Rio de Janeiro. Patrocinada pelo MCT, com o apoio da Associação Brasileira dos Hospitais Universitários (Abrahe), a Rute tem como objetivo apoiar o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes e incentivar o surgimento de futuros trabalhos na área.
A Rute vai tornar possível a utilização de aplicativos que demandam mais recursos de rede e o compartilhamento dos dados dos serviços de telemedicina dos hospitais universitários envolvidos no projeto, ressaltou o coordenador do projeto, Luiz Ary Messina. Além disso, estimulará o uso da telemedicina na pesquisa, através de videoconferências médicas, trabalhos colaborativos e estudos de caso; na educação e no atendimento médico, por meio de consultas online e telediagnóstico por imagem.
De acordo com Messina, a Rute permitirá, também, levar serviços desenvolvidos nos hospitais universitários do país a profissionais que se encontram em cidades distantes, com o compartilhamento de arquivos de prontuários, consultas e exames.
A infra-estrutura que está sendo montada para suportar a Rute inclui a rede da RNP e as Redes Metropolitanas de Educação e Pesquisa (Redecomep). Através do link da RNP com a Rede Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas), as instituições poderão interagir com as redes parceiras na Europa e Estados Unidos.