A SAP não tem a intenção de buscar um acordo amigável com a Oracle, que no mês passado moveu ação judicial contra a empresa acusando-a de uso ilegal de códigos de acesso on-line de clientes para roubar um software protegido por direitos autorais.
A afirmação foi feita nesta sexta-feira (20/4) pelo CEO da SAP, Henning Kagermann, ao jornal americano The Washington Post. "Não temos intenção de fazer acordo, por que o faríamos?", questionou o executivo, em encontro com repórteres e analistas durante a divulgação do balanço da companhia. "Não vemos nada de errado em nossa empresa."
Kagermann ratificou que a SAP vai se defender ?agressivamente? contra a acusação, mas disse que "esse assunto ainda está em seu estágio inicial e iremos responder formalmente a todas as acusações nas próximas semanas". A SAP não havia feito comentários sobre o processo até esta quinta-feira (19/4).
A Oracle acusa a multinacional alemã de obter repetidamente acesso não autorizado ao site de suporte a clientes protegido por senhas. Segundo a empresa, isso permitiu à SAP copiar milhares de produtos seus e outros materiais confidenciais para seus próprios servidores e compilou uma biblioteca ilegal de códigos de programação protegidos por direitos autorais.
No processo, a fornecedora americana de software informou que "um armazém de propriedade intelectual roubada da Oracle" permitiu à SAP oferecer serviços de suporte a seus clientes e ajudou a empresa a convertê-los para seus próprios produtos.
A Oracle quer na ação que a SAP pare de usar os materiais obtidos ilegalmente, bem como pagamento de dados e custas judiciais.