De olho nos impressionantes números do mercado de compras on-line, que somente no ano passado movimentou R$ 14,8 bilhões no Brasil, segundo dados da empresa de monitoramento de comércio eletrônico e-bit, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) prepara um site de negócios e relacionamento para atender mais de 650 mil empresas. O lançamento será anunciado na próxima quinta-feira, 26, na sede da entidade, em São Paulo.
A CNI pretende investir até o fim do ano cerca de R$ 5 milhões na divulgação e desenvolvimento do seu site de compras corporativas, uma espécie de Peixe Urbano que irá atender apenas a indústria brasileira, e que terá ofertas que irão desde descontos em diárias de hotel a facilidades na compra de tratores e caminhões. A ideia é reduzir os custos principalmente para as micro e pequenas empresas, que representam 94% do setor industrial no país.
O site foi batizado de Clube Indústria de Benefícios e entre os parceiros do projeto estão multinacionais de TI, serviços e da própria indústria, além de uma gigante mundial do ramo de tecnologia. Nele, indústrias de todos os portes e segmentos podem vender seus produtos e serviços, com ofertas que podem chegar até a 100%, como o caso de uma empresa oferecer a degustação de um serviço por um tempo determinado, como forma de cativar o cliente. Também haverá descontos no aluguel de carros e na venda de produtos de maior valor agregado, como caminhões e tratores.
A compra não ocorre on-line. Portanto, o clube não é um site de comércio eletrônico. Ele também não é um site de compras coletivas porque não depende de um número mínimo de compradores para garantir a sua oferta. As vantagens anunciadas serão honradas independentemente do seu número de indústrias compradoras. São incentivos negociados pela CNI para trazer maior competitividade ao negócio de quem compra independentemente de seu tamanho e segmento de atuação.
A CNI diz que objetivo não é ter tenha lucro com o projeto, mas permitir que as indústrias brasileiras tenham um cenário melhor para se desenvolver. Outro ponto importante é que, à medida em que essas empresas se aproximarem da CNI, a ideia é que mais indústrias filiem-se aos seus sindicatos, reforçando o associativismo no país.
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