Por trás de grandes negócios existe uma cloud. Ou multi-cloud?

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Na era em que as evoluções tecnológicas surpreendem o mundo a todo o instante, decidir qual a melhor estratégia para ampliar ou se manter competitiva está longe de ser uma tarefa fácil para as empresas.

As dores são muitas, mas a solução é contar com um bom médico, capaz de dar um diagnóstico preciso para cada tipo de negócio e de objetivos a serem alcançados. A má notícia é que não existe um remédio universal. É preciso radiografar o ambiente, analisar aplicações críticas, como garantir a segurança e então verificar qual o melhor tratamento. Um bom parceiro é como um bom médico, precisa ter muita experiência e equipe qualificada.

Uma dor comum no mercado corporativo é como desenhar a melhor estratégia para cloud. Cloud? Multi-cloud? O primeiro passo é uma avaliação dos sintomas, antes de prescrever as tecnologias ideais. E esse cuidado inclui considerar pontos como natureza dos dados e aplicativos, requisitos de desempenho e segurança, expectativas de escalabilidade e custos associados.

O grande diferencial do parceiro nesses casos é ter pleno conhecimento de todos os principais serviços de nuvem do mercado. A nuvem de cada fornecedor tem características diferentes e, portanto, é necessário saber como desenhar o pacote multi-cloud com propriedade para que esse combo permita ao negócio explorar todo o potencial da solução personalizada.

É relevante destacar que para atender às necessidades específicas do cliente, inclui desde nuvem pública, que oferece escalabilidade e eficiência operacional, nuvem privada, para maior controle e segurança, e modelo híbrido, combinando o melhor de ambos os mundos. Com certeza hoje é possível solucionar a dor do cliente, apoiado no conhecimento e na experiência do parceiro.

No mundo multi-cloud

Ao distribuir cargas de trabalho por várias nuvens, é possível reduzir o risco de interrupções de serviço devido a falhas em um único provedor de nuvem. Isso aumenta a resiliência da infraestrutura e garante maior disponibilidade dos serviços, mesmo em caso de falha em um provedor específico.

Usar múltiplos provedores pode permitir posicionar aplicativos e dados mais próximos dos usuários finais, reduzindo a latência e melhorando o desempenho. Pode até parecer contraditório, mas o uso de várias nuvens, em muitos casos, resulta em redução de custos. Isso ocorre em razão da flexibilidade de escolha de preços mais competitivos para cada carga de trabalho, otimizando os custos de infraestrutura.

Muitos bancos, até bem pouco tempo, jamais pensariam em trabalhar no modelo híbrido ou mesmo migrar aplicações críticas para a cloud. Pois isso já acontece. Sem contar com os bancos digitais, totalmente mergulhados na nuvem. Tudo vai depender, portanto, de como essa operação é estudada, desenhada, testada e acompanhada.

Enquanto a adoção de serviços de nuvem pública, no modelo multi-cloud, oferece flexibilidade, escalabilidade e eficiência operacional, as instituições financeiras e empresas de outros setores podem optar por manter controle direto sobre dados sensíveis e aplicações críticas. É aqui que o datacenter próprio costuma ingressar na nova arquitetura estratégica. Tudo é possível, volto a dizer. É questão de experiência, conhecimento e confiança.

Muitas regulamentações do setor financeiro exigem que as instituições protejam e mantenham certos dados sensíveis dentro de suas próprias instalações, para garantir conformidade com essas exigências regulatórias. E assim acontecerá, sem limitar inovações.

Combinando o melhor dos dois mundos

A abordagem híbrida, que combina nuvem pública e datacenter próprio, permite o equilíbrio entre inovação, segurança e conformidade regulatória. Ao adotar essa estratégia, o cliente pode desfrutar de benefícios da nuvem pública, como escalabilidade e eficiência, enquanto mantêm o controle direto sobre dados sensíveis e aplicações críticas.

A estratégia híbrida emerge como uma escolha inteligente para empresas de variados setores e instituições financeiras que buscam garantir a segurança de seus clientes, proteger suas informações sensíveis e garantir a continuidade de seus negócios em um mundo digital em constante evolução.

De acordo com estudo da IDC, os gastos com infraestrutura de TI confirmam que os ambientes híbridos continuarão a ganhar terreno. O levantamento projeta para 2027 aumento de gastos com nuvem pública (IaaS) de mais de 22%, em infraestrutura de datacenter 9,6% de crescimento, e em incremento de 10,9% em cloud privada.

Não há como fugir. O cenário atual está cada vez mais digitalizado e competitivo, em que o mundo corporativo enfrenta o desafio de equilibrar a necessidade de inovação tecnológica com segurança e conformidade regulatória. Uma preocupação que exige abordagem multifacetada, ou seja: a combinação de infraestrutura de nuvem pública com a manutenção de datacenters próprios, de maneira equilibrada que não estanque a inovação e, portanto, mantenha a competitividade.

Alexandre Theodoro, diretor de Hybrid Cloud e Data Analytics para América Latina da Logicalis.

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