A EDS quer roubar fatia de mercado da IBM, a líder do mercado de serviços de TI, segundo dados do Gartner. Sua arma para enfrentar a Big Blue é a estratégia Agile Enterprise, plataforma de serviços globais oferecidos no modelo de utility, pelo qual o usuário paga pelo consumo da infra-estrutura de tecnologia da informação.
?A idéia do nosso modelo de negócio é liberar o cliente das preocupações com ativos, oferecendo a ele soluções que cobrem toda a cadeia de serviços?, afirma Chu Tung, presidente da EDS Brasil.
Para participar de todas etapas de um projeto de TI, a empresa se aliou a nove fornecedores gigantes: Cisco, Dell, EMC, Microsoft, Oracle, SAP, Xerox e Towers Perin. Esta última atua com terceirização de mão-de-obra.
Segundo Tung, a EDS vai atuar somente com esses parceiros, que já oferecem as soluções que complementam o leque de serviços ofertados pela Agile Enterprise. Juntamente com essas empresas, a prestadora de serviços vai entregar ao mercado soluções padronizadas com pacotes prontos a preços competitivos, promete o presidente da EDS. Todos têm como principal concorrente a IBM.
Para os clientes que não querem abrir mão de tecnologias que usam de outros fornecedores, a EDS promete respeitar a liberdade de escolha, embora Tung afirme que tentará mostrar aos usuários que a solução da Agile Enterprise pode sair mais barato.
Volume de negócios
A EDS começou a implantar o modelo Agile Enterprise há cerca de dois anos e nesse período foram aplicados US$ 2 bilhões em integração das soluções e pesquisa de desenvolvimento, incluindo participações de todos integrantes do projeto.
O faturamento com a venda de serviços atingiu US$ 7,3 bilhões, somando os negócios de todos participantes. Um total de 178 contratos foram assinados, sendo que 51 são novos clientes.
No Brasil ainda não foi fechado nenhum contrato dentro da proposta do novo modelo de negócios, mas Tung informa que a empresa está negociando com três empresas interessadas na contratação dos serviços.
O executivo acredita que os segmentos que têm mais potencial para adesão aos serviços da Agile Enterprise são o de finanças, telecom, energia, varejo e transporte.
Com a venda de serviços pelo modelo de utility, a EDS estima um aumento de 15% nos resultados da operação brasileira em 2006 e espera se consolidar nesse mercado.