Aprovação de novos domínios é marco na história da web, diz Icann

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O anúncio feito nesta segunda-feira, 20, pela Icann, empresa que controla a concessão de nomes de domínio na web, que começará a aceitar pedidos para novos de domínios – que vão além de .com, .net e outras terminações de endereços – deve dar início a uma nova corrida do ouro na internet. Para especialistas, a expansão de nomes de domínio irá gerar grandes disputas entre as marcas, já que permitirá que os domínios possam terminar com o nome de empresas. A Coca-Cola, por exemplo, poderá comprar o domínio .cocacola ou o Google pode querer adquirir .google. Cidades e organizações também poderão registrar seus próprios domínios genéricos.
A iniciativa, considerada o maior marco nos 40 anos da história da internet, foi anunciada pela Icann mediante um comunicado em seu site ao fim da reunião que seu conselho de administração manteve em Cingapura. O conselho aprovou o plano para aumentar dos 22 atuais o número de terminações de endereços internet – chamadas genericamente de endereços de primeiro nível (gTLDs). "A Icann abriu o sistema de endereços da internet às ilimitadas possibilidades da imaginação humana. Ninguém pode prever aonde esta histórica decisão nos levará", disse o presidente e executivo-chefe (CEO) da organização, Rod Beckstrom. "A decisão de hoje respeita os direitos de grupos para criar novos domínios de alto nível em qualquer linguagem ou script", completou.
Os novos gTLDs mudarão a maneira como as pessoas encontram informações na internet e como as empresas estruturaram a sua presença on-line. Praticamente todas as organizações com presença na web serão afetadas de alguma forma, acrescentou Beckstrom. Segundo ele, a expansão permitirá que sejam criados endereços de internet com quase qualquer palavra, em qualquer idioma, oferecendo às organizações em todo o mundo uma oportunidade de mercado para suas marcas, produtos, comunidades ou causas, de maneira nova e inovadora.
A decisão de prosseguir com o programa de gTLDs segue muitos anos de debate, discussões e deliberações com a comunidade de internet, grupos empresariais e governos. "Grandes esforços foram feitos para atender às preocupações de todas as partes interessadas, e para garantir que a segurança, estabilidade e resiliência da internet não sejam comprometidas", diz o comunicado. Mesmo assim, 13 membros votaram a favor da medida, um contra e dois se abstiveram.
A reunião de Cingapura irá continuar ao longo da semana e termina na sexta-feira, 20, com uma reunião pública do conselho de administração.

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