O lucro do Yahoo no segundo trimestre registrou crescimento de 11% em relação a igual período do ano passado, mas a receita caiu 23%, devido, em grande parte, ao acordo existente com a Microsoft de compartilhamento da receita com publicidade vinculada a buscas na internet, em troca de tecnologia da fabricante de software.
Entre abril e junho deste ano, o Yahoo obteve um lucro de US$ 237 milhões, ou US$ 0,18 por ação, ante US$ 213 milhões, ou US$ 0,15 por ação, registrados no mesmo período do ano passado. A receita, por outro lado, totalizou US$ 1,23 bilhão, contra US$ 1,6 bilhão contabilizado um ano antes. Já as receitas por operações subiram 9%, para US$ 191 milhões, uma melhoria que surpreendeu positivamente os analistas. Para o terceiro trimestre, o Yahoo projeta receita de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,26 bilhão.
Durante teleconferência com os analistas, o diretor financeiro do Yahoo, Tim Morse, disse que a empresa "entregou rentabilidade" e que as operações com publicidade vinculada a buscas na internet melhoraram. Mas ele reconheu que as receitas com publicidade no formato de display advertising [anúncios em banners, imagens etc.] "foram mais fracas do que esperávamos", subindo apenas 5% em relação ao ano anterior, para US$ 467 milhões. Em trimestres anteriores as vendas de display advertising tinham crescido dois dígitos.
Na teleconferência, a executiva-chefe (CEO) do Yahoo, Carol Bartz, disse que os resultados no trimestre não refletem "os novos desenvolvimentos competitivos" da empresa. Ela atribui a queda nas receitas a reorganização da força de vendas feita em maio nos Estados Unidos, o que levou a uma rotatividade de funcionários "significativa". "Como resultado, a empresa não foi capaz de fechar a venda de anúncios de maior preço", disse Carol.
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