Kubernetes – a tecnologia onipresente e invisível que transforma o DevOps

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Há uma década, os DevOps surgiram como um fenômeno cultural, reunindo desenvolvedores e profissionais de operações na missão por um fluxo mais livre para os dados. No entanto, por mais surpreendente que tenha sido essa mudança na TI, o DevOps amadureceu rapidamente a ponto de parecer ultrapassado discuti-lo como uma prática. Mas, como o ritmo de transformação na tecnologia é frenético, há sempre algo novo para aprimorar os resultados dos negócios.

A era do Kubernetes

De fato, do DevOps surgiu o papel do engenheiro de plataforma, uma nova função especificamente adaptada à era moderna. Sob o guarda-chuva da engenharia de plataforma, o DevOps agora opera com orçamento dedicado, equipe e um conjunto de ferramentas de autoatendimento que capacitam os desenvolvedores a gerenciarem diretamente as operações.

A equipe de engenharia da plataforma oferece vantagens significativas, permitindo que os desenvolvedores aproveitem os Kubernetes como uma ferramenta de autoatendimento. Com isso, aumentam a eficiência e a velocidade do desenvolvimento para vários usuários, o que significa a maturidade e a onipresença dos Kubernetes. De acordo com o Gartner, nos próximos três anos, quatro em cada cinco empresas de engenharia de software contarão com as equipes de plataforma para fornecer serviços e ferramentas reutilizáveis para a entrega de aplicações.

Essa engenharia funciona como o novo middleware um servidor de aplicações sempre disponível no cenário de desenvolvimento de software. Como o número de desenvolvedores e aplicativos continua a crescer, o conceito tradicional de middleware – um servidor de aplicações sempre disponível – foi substituído pelo modelo de autoatendimento da engenharia de plataforma para desenvolvedores.

Essa transição tem um significado imenso. Durante as fases anteriores do DevOps, a experiência com várias tecnologias era generalizada, mas essas tecnologias ainda não haviam convergido. No entanto, as aplicações modernas agora operam perfeitamente usando contêineres e armazenamento, com redes e segurança gerenciadas por meio dos Kubernetes de forma nativa na nuvem.

Com isso, os desenvolvedores não dependem mais de sistemas de emissão de tickets. Em vez disso, eles precisam agora de uma infraestrutura elástica que possam usar e implementar por meio da plataforma, que é mantida e operada pelo engenheiro. É ele quem garante que a plataforma seja de autoatendimento, altamente disponível, confiável, elástica, multilocatária e altamente segura, tenha barreiras de proteção para evitar sobrecarga, forneça monitoramento de uso e métodos de cobrança, mas o engenheiro de plataforma não está criando a aplicação nem é o proprietário da implementação. Eles são facilitadores para acelerar as inovações dos desenvolvedores e a implementação de aplicações.

A transformação na rotina dos DevOps – e dos negócios

Essa mudança na maturidade melhora a capacidade de resposta, permitindo que os desenvolvedores façam alterações rápidas em suas aplicações e as coloquem rapidamente em produção. Com os desenvolvedores assumindo o controle, tanto o tempo de desenvolvimento quanto o de implementação diminuem drasticamente.

A T-Mobile, por exemplo, reduziu o tempo de implementação de aplicações de seis meses para apenas algumas horas com uma solução moderna na arquitetura de sua plataforma. As empresas com milhares de desenvolvedores precisam de autoatendimento ou acesso sob demanda a serviços de armazenamento e dados, que as equipes de engenharia de plataforma se esforçam para fornecer em escala.

Como uma progressão da TI tradicional, o grupo de engenharia de plataforma conta com dois conjuntos principais de tecnologias: as nativas da nuvem e serviços de dados prontos para IA: bancos de dados modernos e serviços de dados, inclusive ferramentas de análise e IA como Snowflake e ChatGPT – todos fornecidos como serviços pela equipe de plataforma para desenvolvedores.

Os engenheiros oferecem serviços cruciais para eliminar a necessidade de amplo conhecimento dos Kubernetes entre os usuários. Esses serviços incluem o gerenciamento de várias distribuições dos Kubernetes, como OpenShift, GKE, EKS ou Rancher, bem como o fornecimento de medidas de segurança por meio de plataformas como Prisma Cloud ou Sysdig. Além disso, os engenheiros lidam com dados nos Kubernetes, gerenciando recursos de armazenamento, backup, recuperação de desastres, bancos de dados e serviços de dados sob o guarda-chuva dos Kubernetes. O mercado já nota essa eficiência, com um pequeno número de engenheiros de plataforma sendo capaz de atender a centenas de usuários.

A engenharia de plataforma tornará o Kubernetes invisível

Quando uma tecnologia se torna onipresente, ela gradualmente fica em segundo plano. Considere os semicondutores como exemplo – eles estão presentes em todos os lugares, alimentando nossos controles remotos, smartphones e carros. Entretanto, como usuários finais, raramente consideramos sua existência, eles se tornaram invisíveis. Os Kubernetes estão passando por uma transformação semelhante.

No âmbito empresarial, os Kubernetes está se tornando profundamente enraizado em vários sistemas, e o paradigma de autoatendimento o torna imperceptível para os usuários. No passado, todo desenvolvedor precisava ter um conhecimento abrangente dessa ferramenta. Agora, eles só precisam utilizá-lo, deixando as complexidades para o engenheiro de plataforma.

A engenharia de plataforma é um tesouro para os desenvolvedores, eliminando a necessidade de compreender os Kubernetes em um nível granular como parte de suas responsabilidades diárias. Isso resolve o desafio da lacuna de talentos, pois os Kubernetes continuam a se desenvolver e é utilizado por todas as maiores empresas do mundo. Os engenheiros de plataforma e os Kubernetes são uma combinação perfeita para ajudar na inovação e na vantagem competitiva no mundo corporativo.

Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage.

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