A ZTE registrou receita operacional global de US$ 4,52 bilhões no primeiro semestre, o que representa um aumento de 10,89% na comparação com o mesmo período do ano passado. O ritmo de crescimento da fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações, que girava em torno de 40% ao ano, desacelerou por três principais razões, segundo o CFO da companhia, Wei Zaisheng.
Em primeiro ele citou a diminuição do boom de encomendas de redes 3G na China. Como segunda razão, na Índia, mercado que representa 9% do faturamento da ZTE, o governo local passou a exigir a comprovação da segurança na comunicação de dados em equipamentos de fornecedores estrangeiros e por último. Como terceiro ponto ele apontou a redução do investimento global de telecomunicações.
O executivo espera resolver ao longo do segundo semestre o problema político na Índia e garante que as metas da ZTE para 2010 estão mantidas, embora não as divulgue. O lucro da ZTE nos primeiros seis meses deste ano cresceu 12% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 129,14 milhões.
A participação do mercado internacional já representa quase a metade do faturamento da empresa. Entre janeiro e junho, a receita oriunda de fora da China respondeu por 49,65% do total, ou seja, US$ 2,25 bilhões. Europa e EUA juntos representaram 18% do faturamento da companhia no primeiro semestre. A empresa não divulgou dados do Brasil nesse período, mas informa que o país é um dos mercados onde a ZTE cresce mais rapidamente, com uma taxa próxima de 100% ao ano. Em 2009, sua receita foi de US$ 300 milhões no Brasil e a meta é faturar US$ 600 milhões neste ano.
Na análise por produtos, a área de terminais registrou crescimento de 39,7% em sua receita no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento de softwares e sistemas de telecomunicações ficou em segundo lugar, com aumento de 18%, enquanto que a área de redes ficou praticamente estagnada, com aumento de 1,08%.
*O jornalista viajou à China a convite da ZTE.
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