A modalidade de Software as a Service (SaaS) não é nova e continua sendo vantajosa às empresas em muitos casos, principalmente àquelas que estão começando sua operação e às PMEs que não precisam se preocupar com infraestrutura complexa, hardware e alto investimento inicial. Pois, o modelo SaaS permite às empresas utilizarem os serviços de software via Internet, ou seja, em nuvem, e pagarem pelos serviços contratados.
Para as organizações que estão iniciando seus negócios, o SaaS representa uma maneira de acessar de forma rápida e por um custo adequado ao seu business, uma ampla gama de serviços existentes. Seja usando um único serviço ou combinando vários deles, o SaaS se mostrou capaz de atender quase a totalidade das necessidades tecnológicas em relação às aplicações. Outra vantagem é que o sistema pode ser acessado de qualquer lugar do mundo, basta à empresa cliente ter conexão à internet, sendo ideal às empresas que têm funcionários que trabalham em casa ou em outros países.
Criar/desenvolver um software não é algo simples, pois requer muito tempo de uma equipe de TI dedicada a essa finalidade e altamente capacitada. Normalmente, quando as equipes de TI precisam implementar um software novo necessitam especificar, solicitar, instalar e manter o hardware, os sistemas operacionais e a segurança dos servidores. Esses times precisam incorporar segurança, configurar dependências, escalonar a capacidade provisionada e certificar-se de que tudo está funcionando. Na modalidade SaaS, o provedor gerencia todas essas tarefas e reduz sensivelmente as despesas gerais das operações. Ainda, libera as equipes de TI do gerenciamento da infraestrutura, transformando o desenvolvimento de aplicações em algo rápido, simples e com menor custo operacional possível.
Mas o que esse movimento de adoção de SaaS significa na prática aos clientes, distribuidores e aos canais? Significa migrar de um modelo de negócio com licença própria, renovando apenas a garantia para um mais moderno e econômico. Estamos falando de uma solução ágil e descomplicada, que evita a obsolescência de equipamentos, mantendo os parques tecnológicos sempre modernos.
À medida em que avançamos em 2024, constatamos que algumas tendências tecnológicas do passado se transformaram em uma realidade consolidada – e SaaS é uma delas. Hoje as soluções já podem ser totalmente integradas em nuvem na modalidade SaaS, junto a tecnologias de Inteligência Artificial, machine learning e outras, aplicadas nos modelos de eficiência operacional, na segurança de dados, e no desenvolvimento de soluções verticalizadas, com desenvolvimento de produtos específicos para nichos de mercado, atendendo a setores essenciais como Bancos, Saúde e Educação etc.
Neste ano, a receita de SaaS deve crescer para 244,20 bilhões de dólares, aponta o Gartner. Depois dos custos com a folha de pagamento, o gasto com software é a segunda maior despesa para boa parte das organizações, de acordo com a empresa inglesa Vertice, uma startup especializada em gestão de carteiras corporativas de SaaS. As empresas conseguem gerenciar boa parte de seus ambientes tecnológicos com SaaS e gastam, em média, 8 mil dólares por funcionário, por ano.
Podemos ainda elaborar uma lista de benefícios, começando por uma das preocupações mais contundentes que é a fraude, por exemplo. O modelo de subscrição não dá margem à pirataria, pois quem administra o aluguel e garante a segurança é o fabricante – ou mesmo o Provedor de Serviços (integrador).
Ainda sobre a revolução que esse modelo trouxe, não podemos deixar de falar sobre as mudanças no universo dos distribuidores e dos canais, que passaram a dirigir seu foco de atenção para a consultoria. O integrador passou a obter nova fonte de receita recorrente e ter mais valor, por conseguir agregar serviços às ofertas SaaS. O distribuidor assumiu o papel de prover valor, dando ênfase também na oferta de serviços com margens melhores, deixando de exercer uma função apenas transacional e de simples "Moving Box" (vendedor de caixas/produtos).
Ou seja, a modalidade SaaS vem crescendo porque a tecnologia tem sido cada vez mais ágil, principalmente em relação à mobilidade, assim como segue entregando simplicidade, segurança e baixo custo. Precisamos apenas escolher os fornecedores certos, dando preferência àqueles com maturidade na gestão de suas operações.
Artigo redigido com a colaboração de Marcelo Mello, Business Sales Manager
José Roberto Rodrigues, country manager da Adistec Brasil.