Justiça alemã inclui HP em processo contra ex-funcionários por suborno

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Procuradores alemães incluíram a HP no processo judicial que envolve um atual e dois ex-funcionários da empresa por suposto pagamento de propina, que teria levado ela a ganhar um contrato do governo da Rússia. A ação contra os funcionários foi aberta no dia 30 de agosto, resultado de três anos de investigações e que mostrou evidências do pagamento de 7,5 milhões de euros para um contrato de 35 milhões de euros que a companhia venceu.

A Justiça alemã solicitou ao tribunal que a HP seja formalmente anexada ao caso, o que pode resultar em multas e outras sanções à empresa, caso a corte conclua que ela foi beneficiada com o suborno praticado pelos executivos. Pelas leis alemãs, apenas pessoas podem ser indiciadas, embora entidades legais, como companhias, possam ser ligadas a um indiciamento devido a uma atividade ilegal.

As informações são de um juiz  da corte da cidade de Leipzig, que não quis ser identificado, ouvido pelo The Wall Street Journal. Segundo a procuradoria, três vice-presidentes aprovaram a criação de um fundo para envio de dinheiro à Rússia, por meio de uma subsidiária alemã e uma rede de pequenas empresas e contas abertas em outros países do continente.

Procurada pelo jornal, a HP afirmou que todos os envolvidos no processo já foram punidos pela “suposta conduta que ocorreu cerca de dez anos atrás de uma ex-empresa da HP". Segundo o comunicado, “a HP foi nomeada apenas como uma coadjuvante no procedimento, não indiciada, e cooperou plenamente com as autoridades".

De acordo com um documento protocolado na Securities and Exchange Commision (SEC),órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos, a HP contribuiu com as investigações por meio do órgão e também do Departamento de Justiça americano e outros países, conforme revelou à época a empresa quando o escândalo veio à tona. A inclusão da HP no processo na Alemanha pode dar às autoridades americanas mais motivos para apuração.

Procurados pelo jornal, o Departamento de Justiça e a SEC não quiseram comentar o episódio na Europa.

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