Segundo o relatório da Infoblox, cerca de US$ 370 milhões em criptomoedas foram perdidos, somente em 2020, para crimes de ransomware. "Se considerarmos todo o ônus que a empresa precisa dispor para se reerguer após este ataque, o débito é muito maior. Estima-se que o dano total associado ao ransomware esteja em US$ 20 bilhões", destaca Tonholo.
A pesquisa aponta a visão geral do fluxo no processo de ransomware e seus principais canais de distribuição, além da cobertura profunda de casos reais em que a Infoblox pode atuar desde o início.
Outro fator importante do documento é que ele relata as mais recentes atualizações de segurança em DNS, segundo a agência de segurança nacional (NSA) e agência de segurança cibernética e infraestrutura (CISA) dos Estados Unidos, onde fica a sede da Infoblox. Tais orientações são fundamentais para o mundo atual em que praticamente todos os segmentos do mercado exigem uma solução de rede de computadores para armazenamento das informações, sejam elas em ambiente físico, virtual ou em nuvem.
Neste contexto, inclui-se DNS (Domain Name System) e DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol), além do crescimento explosivo de dispositivos que consultam frequentemente tais dados, como notebooks, tablets e celulares, e o aumento de endereços IP, o que torna as redes mais complexas.
"As tradicionais soluções de gerenciamento local são frágeis, vulneráveis e não conseguem acompanhar essa transformação", comentou o gestor. As soluções da Infoblox são líderes neste mercado, com participação de 50% nos principais serviços de rede, como IPAM (IP Address Management), DNS e DHCP, trazendo mais segurança e eficiência operacional a diversas infraestruturas.
Cenário brasileiro
O Brasil está entre os cinco países do mundo que mais sofre com ataques cibernéticos, especialmente ransomware, atrás de potências como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.
As ações deste tipo aumentaram em 92% desde o início de 2021 no país. Os setores econômicos que mais sofreram foram a educação (alta de 615%), saúde (594%) e varejo, com aumento de 264% nas violações de segurança.
O mais emblemático dos casos ocorreu a subsidiárias da JBS, empresa brasileira e uma das maiores processadoras de carne do mundo. O ataque ao frigorífico resultou em um resgate no valor correspondente a US$ 11 milhões. A JBS identificou ataques aos servidores da empresa nos Estados Unidos e na Austrália.
No último dia 20 de agosto, foi o caso da rede varejista Renner. O site de e-commerce de rede de lojas indicou "indisponibilidade sistêmica". Segundo alguns sites especializados, a empresa sofreu ataque cibernético, que inviabilizou o acesso a parte dos sistemas e operação. Os criminosos teriam pedido resgate de cerca de US$ 1 bilhão.