Comprar on-line já era uma realidade dos consumidores brasileiros, e a pandemia da covid-19 fez com que o número de pessoas que preferem fazer compras pela internet aumentasse. Esse movimento é um dos principais fatores que refletem no mercado de startups de varejo no Brasil. De 2021 para este ano, o segmento teve aumento de 17,85% no volume de empresas. O dado faz parte do levantamento "A evolução das startups no setor de varejo", organizado pela Liga Ventures e PwC Brasil.
Para realizar o estudo, foi utilizada a ferramenta Startup Scanner e analisadas 373 startups ativas desse setor. Do total avaliado, 69% têm como público outras empresas, ou seja, operam no B2B. Quanto à origem dos negócios, o estado de São Paulo aparece com maior expressão, 52%, seguido por Santa Catarina, 10%, e Rio de Janeiro, 8%.
Segundo o levantamento, a maior parte das startups de varejo oferece soluções de comunicação e relacionamento com o cliente (são 10,2% delas) no Brasil. As outras seis categorias analisadas com maior representatividade no estudo são: criação/personalização de e-commerce (7,8%); gerenciamento de loja (6,7%); meios de pagamento (6,2%); análise de dados (5,6%); gestão de estoques (5,1%) e experiência do cliente (4,3%).
Fusões e aquisições
O levantamento "A evolução das startups no setor de varejo", da Liga Ventures com a PwC Brasil, também se debruçou sobre as transações de fusão e aquisição registradas em 2021 e 2022. Durante esse período, 15 startups foram adquiridas com 13 empresas como compradoras. No total, foram 53 transações observadas, que movimentaram US $1,47 bilhões no período.
Além de contribuir para a economia em volume de transações de compra e fusão, o setor de startups de varejo tem apoiado na geração de empregos. Pelo levantamento feito pela Liga Ventures e PwC Brasil, entre 2021 e 2022, as empresas ativas analisadas registraram aumento médio de 37% na força de trabalho, foram 5.115 novas vagas abertas.