Campos Neto, afirmou que o Brasil terá o maior e mais conectado Open Finance do mundo.
Pode parecer exagerada, mas acredito na afirmação do presidente do Banco Central Brasileiro justamente por acompanhar de perto o incentivo e desenvolvimento de inovações para todo o ecossistema (amplo e complexo) de serviços financeiros em território nacional.
A chegada do PIX foi o start para que essa revolução digital tomasse forma e atraísse olhares atentos, tanto de banqueiros tradicionais, quanto de fintechs e, em última instância, o cliente final. A aplicação de tecnologias de segurança (como blockchain e tokenização) e de investimentos (como as NFTs) ganharão ainda mais destaque nos próximos anos e impulsionarão o setor.
Acredito que nos próximos anos (e quando digo próximos, não penso em nada muito distante) teremos um aplicativo com a função de um agregador de todas as nossas movimentações financeiras, sejam em dez diferentes bancos ou até carteiras de investimento, no Brasil e no exterior.
Dessa forma, o usuário ganhará agilidade, maior controle de suas finanças e, claro, ainda mais recursos para que possa fazer um auto gerenciamento eficiente. Para ter uma ideia, os números do Open Finance já são, atualmente, expressivos. Já temos 7,5 milhões de consentimentos de compartilhamento de dados, mais de 4 bilhões de chamadas de API (fase 2) e mais de 800 instituições participantes.
Portanto, o caminho para um mercado financeiro "aberto" e totalmente digital já está sendo pavimentado e não há volta. É preciso que os gestores, sejam de instituições financeiras tradicionais ou de fintechs, estejam atentos às mudanças e inovações, para não perder mercado e, claro, atender um consumidor cada vez mais ávido por novidades que facilitem sua vida.
Maria Cristina Kopacek, Co-fundadora da Idez.
