A aquisição e utilização da tecnologia estão cada dia mais aceleradas. Tablets, computadores e produtos de telefonia celular, por exemplo, são encarados como necessidades básicas por uma parcela crescente da população. E vai muito além do uso pessoal. Traz modernização às nossas indústrias, efetividade e melhores resultados para qualquer instituição pública ou privada.
As estimativas do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para 2013 são ambiciosas e refletem o bom momento vivido pelo Brasil nesse segmento. A previsão do Instituto Gartner é de que o país será um dos principais focos do mercado global de TI em 2012 e, em três anos, surjam mais de quatro milhões de empregos na área em todo o mundo. O investimento em Tecnologia da Informação deve crescer 6% em 2013, chegando a 133 bilhões de dólares. Apenas para a área de serviços em comunicação, o incremento esperado é de 85,7 bilhões de dólares, enquanto os softwares devem ter 15,2 bi a mais em arrecadação e a produção de dispositivos crescerá mais de 24 bi.
Já o segundo maior mercado de tecnologia entre os países emergentes, o Brasil tornou-se um mercado competitivo onde empresas nacionais brigam por seu espaço junto aos grandes players mundiais. Na prática esse mercado ainda tem muito campo para expansão e pode colaborar com o crescimento das mais diversas áreas econômicas. O investimento em tecnologia significa o desenvolvimento de soluções nacionais que tornem o Brasil um país de ponta.
Porém mais uma vez cabe repetir as inúmeras e cansativas mensagens já emitidas pelas nossas entidades representativas. Esse cenário “cor de rosa” de crescimento acelerado, legitimamente pretendido, materializar-se-á se, e somente se, imediatamente houver uma mobilização do governo, academia e setor privado, no sentido de implantar um ambicioso plano para a atração, formação e capacitação de um exército de jovens do ensino médio, sob pena de, mais uma vez, assistirmos frustrados a passagem de uma “caravana” de oportunidades para o setor de TIC e nossas empresas, por falta de recursos adequados, continuarem a “lutar” pela preservação de seus nobres recursos intelectuais.
Moacir Pogorelsky é vice-pres. de Tecnologia de Gestão da Inf.da Assespro-RS e presidente da Sadig