Operação da PF identifica acessos de 78 países a arquivos com pornografia infantil

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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (20/12) a Operação Carrossel, com o objetivo de combater a pedofilia na internet. Mais de 400 policiais foram destacados para cumprir 102 mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal. Os mandados foram cumpridos em 57 municípios.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, foram apreendidos computadores, CDs, DVDs e outros materiais que continham fotografias e vídeos com cenas de pornografia infantil, e estavam sendo disponibilizados para cópia por usuários de programas de troca de arquivos.

Somente no Paraná, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão. De acordo com o chefe de Comunicação Social da Polícia Federal, Altair Menosso, três apreensões ocorreram em Curitiba e o restante em Araucária, na região metropolitana da capital, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Paranaguá e Ponta Grossa. Ele disse que as apreensões foram feitas em residências particulares, mas que não houve prisões em flagrante. O material agora será analisado por especialistas da PF.

As investigações começaram em agosto. Os policiais mapearam os endereços IP dos computadores para compartilhamento do material pornográfico e identificaram usuários em mais de 78 países, que foram avisados por meio da representação da Interpol no Brasil e pelos adidos da Polícia Federal em diversos países. As máquinas que acessaram o conteúdo foram mapeadas pelos policiais.

?Pela nossa investigação, conseguimos ver cerca de 3,5 mil acessos de 78 países a esses arquivos. Estamos encaminhando essas informações por meio da Interpol aos responsáveis pela investigação?, disse o delegado da Unidade de Crimes Cibernéticos da PF, Adalton Martins. ?Sabemos que num único programa de compartilhamento de dados essas pessoas foram identificadas?, destacou. Ao menos duas pessoas foram presas em flagrante, porque, no momento da apreensão, faziam download de arquivos com conteúdo de pedofilia.

Segundo o delegado, essa foi a primeira operação de combate a esse tipo de crime realizada com a tecnologia da Polícia Federal. ?Essa investigação foi desenvolvida por técnicos nossos. A informação partiu daqui?, ressaltou Martins. Segundo ele, a dimensão dessa ação para o Brasil é que o país agora faz parte da comunidade mundial que combate a pedofilia. ?A gente tem hoje tecnologia para coibir isso. Estamos em conjunto com a Interpol e com outras divisões?, completou.

Para Martins, esse tipo de ação da PF pode ajudar a coibir a pedofilia. ?A gente quer passar que essa prática, o envio ou o recebimento de fotos e filme envolvendo pedofilia, é crime. A polícia tem mecanismos hoje para identificar quem está praticando esse tipo de crime, estão sendo desenvolvidos programas que vão nos capacitar mais. As pessoas que mexem com isso têm que pensar duas vezes antes de incentivar esse tipo de ação.?

Segundo Martins, a pena para o crime de envio, recebimento e divulgação de material com conteúdo pedófilo é de dois a quatro anos de prisão.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o crime de pedofilia se configura quando alguém fornece, publica ou divulga fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente por qualquer meio de comunicação, inclusive a rede mundial de computadores. Importante ressaltar que quem assegura os meios ou serviços para armazenamento desses arquivos pratica o mesmo crime.

Com informações da Agência Brasil.

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