Cibercrime vai se concentrar nas operações financeiras, indica estudo

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Neste ano, os cibercrimes devem se voltar cada vez mais para operações financeiras. De acordo com estudo da fabricante de equipamentos de rede Cisco, os cibercriminosos começarão a explorar o crescimento do internet baking para roubar informações e transformá-las em fonte de renda.
Segundo a análise, os hackers começarão a lançar mão do chamado cash-out, que consiste no roubo de informações relacionadas a contas bancárias, como senhas, números da conta, dados do correntista, para fraudar caixas eletrônicos e sacar dinheiro.
A estratégia dos hackers, agora, será reduzir o ritmo de suas atividades e investir na maior lucratividade – chamando menos atenção para seus crimes. Mesmo porque, segundo o estudo, o cash-out exige uma "money mule" (uma "mula" para transportar o dinheiro, em tradução livre), ou seja, que o cibercriminoso tenha um cartão magnético falsificado, carregado de senhas roubadas, para ir até um caixa eletrônico e sacar dinheiro das contas correntes. Isso representa um alto risco para ele.
A exigência da money mule traz, ainda, outro obstáculo, segundo o relatório. Por mais que a capacidade dos hackers de roubar informações bancárias seja enorme, a quantidade de pessoas dispostas a fazer o papel de portador de cartão falso não é tão grande assim. A Cisco observa, no entanto, que isso não deve ser um inibidor do cibercrime. O estudo aponta que a proporção de contas roubadas em relação às money mules existentes chega a ser de 10 mil para uma. O que não é nada desprezível considerando as centenas de milhões de contas correntes existentes em todo o mundo e as cifras envolvidas em fraudes bancárias.

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