A joint venture formada pelas fabricantes chinesas de PCs Lenovo e Compal deverá produzir entre 12 milhões e 13 milhões de notebooks neste ano. A quantidade representa 43% da estimativa de remessas da Lenovo para o ano.
Em entrevista ao site chinês especializado em tecnologia DigiTimes, o CEO da Lenovo, Ray Chen, disse que um dos objetivos da empresa é produzir internamente grande parte dos computadores — mas não 100%, conforme rumores na imprensa internacional. A decisão da fabricante deve afetar as montadoras de eletrônicos chinesas com a redução dos pedidos, já que, a partir de agora, ela passará a encomendar mais componentes diretamente dos fabricantes de chip e memórias.
A joint venture iniciou a produção de PCs em dezembro do ano passado com aproximadamente 500 mil remessas mensais. Esse volume deve crescer para 1 milhão já neste trimestre, segundo Chen. Para o executivo, a estratégia coloca a fabricante em uma posição mais competitiva e com maior controle de custos, ao mesmo tempo em que expande a capacidade de produção.
A Lenovo, que possui fábricas no Brasil, anunciou a primeira delas em julho do ano passado, licalizada na cidade de Itu, no interior de São Paulo, com investimento de US$ 30 milhões. Dois meses depois, ela adquiriu a brasileira CCE por US$ 300 milhões, reforçando a estratégia de fabricação própria de seus equipamentos.