A partir desta quarta-feira, 20 de janeiro, começa a funcionar a integração entre o Guiabolso e o Bradesco. Agora, os usuários da fintech que são clientes da instituição bancária poderão utilizar o aplicativo sem precisar utilizar o token a cada acesso ou ação realizada. Após firmar acordo com o Cade, o banco passa a oferecer uma interface que compartilha informações dos clientes que usam o aplicativo do Guiabolso. O novo fluxo criptografado de conexão com a fintech já está disponível e pode ser acessado a partir das versões Android 4.2.1 e iOS 6.3.0 do aplicativo do Bradesco.
"Temos mais de seis milhões de usuários cadastrados, sendo que 1,5 milhão são correntistas do Bradesco. É fundamental que essas pessoas tenham os mesmos serviços e direitos que os nossos outros usuários e que clientes de outros bancos", explica Thiago Alvarez, fundador e CEO do Guiabolso.
Este processo de integração é um importante passo para o Guiabolso, uma vez que a fintech foi uma das primeiras empresas no mercado brasileiro a defender o compartilhamento de dados com segurança. Alvarez, que também é membro conselheiro do Banco Central em assuntos de Open Banking e diretor da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital), ressalta que nessa integração os maiores beneficiados são os clientes.
"Hoje, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a implementação do Open Banking e o fato de o usuário ser o dono das suas próprias informações, temos um cenário bem diferente e alinhado com os avanços tecnológicos. Agora, com todas as informações compartilhadas, os milhares de usuários do Guiabolso que são correntistas do Bradesco terão um serviço de qualidade e com plena segurança", finaliza Alvarez.
Relembre o caso
No fim de 2020, o Bradesco firmou um termo de compromisso de cessação (TCC) e pagou uma multa de R$ 23,8 milhões ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O TCC foi celebrado após uma investigação de dois anos do regulador sobre ações potencialmente anticompetitivas do banco que atrapalhavam o acesso de seus correntistas ao aplicativo Guiabolso (Android e iOS) por meio de requisição constante do segundo fator de autenticação.
Como parte do compromisso assumido com o regulador, além de se comprometer com o desenvolvimento das interfaces de conexão, o banco também desistiu do processo contra o Guiabolso no Tribunal de Justiça de São Paulo.