O Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou nesta terça-feira (21/2) que está circulando uma mensagem eletrônica simulando ser uma citação digital de processo supostamente em trâmite na Corte de Justiça contra o destinatário.
O tribunal informa que não envia mensagens com esse teor. As únicas comunicações enviadas por e-mail, segundo o STJ, dependem do cadastro dos usuários no sistema push, e se limitam às notícias do órgão, informativo de jurisprudência e ao acompanhamento processual, além das respostas de solicitações feitas aos diversos setores do tribunal. Nenhuma delas segue o padrão visual utilizado no golpe.
A mensagem é facilmente detectável como falsa, mas pode confundir um usuário inexperiente. O e-mail reproduz o cabeçalho do site do STJ, mas traz como endereço ? também falso ? o inexistente stjd.gov.br.
O teor do e-mail que chegou ao conhecimento da Assessoria de Comunicação Social neste domingo (19/2) é datada de 17 de fevereiro, e "informa" que, de acordo com a lei "1745692-BR", "entrou em vigor" um processo de número "005869/1973 (danos morais)" na "segunda vara penal", e pede que o usuário siga um link para mais informações sobre o julgamento e o "cancelamento do processo por erros do sistema". E ameaça afirmando que o não comparecimento "no lugar indicado no relatório poderá implicar em chamada de segunda estância e/ou recolhimento da sociedade". O e-mail simula ainda ser assinado pelo presidente do STJ, ministro Edson Vidigal.
A página de destino é hospedada em um endereço coreano e também imita o visual do site oficial do STJ. No entanto os links para os relatórios apontam na verdade para programas ? hospedados em um endereço russo ? que, provavelmente, roubam senhas, nomes de usuário e outros dados pessoais, utilizados em crimes conhecidos como phishing scams. O uso dos dados roubados pode comprometer a segurança bancária e das informações pessoais dos usuários da rede, como o CPF.
O mesmo tipo de golpe costuma envolver instituições como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Receita Federal, Banco Central do Brasil (Bacen), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF), Serasa/SPC, IBGE, empresas de informática, serviços eletrônicos e de telefonia, instituições financeiras, cartões virtuais, avisos de traição amorosa, entre muitas outras.