O OpenSignal, instituto de pesquisa que mede a velocidade das conexões móveis com a internet em todo o mundo, divulgou nessa terça-feira, 20, o seu mais recente relatório, desta vez a respeito do quarto trimestre do ano de 2017. A posição do Brasil no estudo não é das melhores. No ranking que compara a velocidade média das conexões 4G no mundo, o país aparece em 52º, perdendo para boa parte da Europa, Ásia e América do Norte. Por aqui, o OpenSignal estima que o 4G atinja velocidade média de 19,67 Mbps.
O relatório compara velocidade média e cobertura de redes 4G em mais de 4 milhões de dispositivos analisados em 88 países. Embora algumas operadoras chamem conexões HSPA de 4G, o OpenSignal analisou somente as conexões feitas por meio do padrão LTE.
Apesar do resultado, o Brasil está na frente da maioria dos vizinhos da América do Sul, como Uruguai (58º), Chile (59º) e Argentina (80º). E do que os Estados Unidos, que ficaram em 62º.
O melhor colocado do ranking, como vem acontecendo há alguns anos, continua sendo a cidade-estado de Singapura. Por lá, a velocidade média do 4G pode chegar a 44,31 Mbps, de acordo com os estudos do OpenSignal. Em segundo lugar aparecem os Países Baixos e, em terceiro, a Noruega.
Cobertura
O OpenSignal também analisa a cobertura do 4G em cada país, medindo a "proporção de tempo em que usuários têm acesso" à rede de internet LTE. A medida acaba levando em conta tanto o espaço territorial que as operadoras cobrem como a estabilidade das conexões de 4G.
Nesse ranking, o Brasil aparece ainda mais longe do topo. Estamos em 78º, com cobertura de 61,26%, e a apenas um passo de estarmos entre os dez piores colocados. No estudo, o Brasil só está à frente de países como a República Dominicana, Costa Rica, Irlanda e Equador.
Na frente do Brasil estão diversos vizinhos sul-americanos, como Colômbia (71º), Chile (63º) e Argentina (48º). No topo do ranking está a Coreia do Sul, cuja cobertura do 4G chega a 97,49%. Em seguida aparecem o Japão (94,70%) e a Noruega (92,16%).
Os cálculos do OpenSignal foram feitos a partir de mais de 50 bilhões de medições realizadas entre 1 de outubro e 29 de dezembro de 2017. A conclusão do estudo é de que o mundo está chegando ao máximo que a tecnologia LTE pode oferecer em termos de velocidade, e que agora resta esperar pela chegada do 5G para um novo salto nos número.