A Associação Brasileira de Roaming que reunia apenas operadoras móveis no combate às fraudes, ampliou seus objetivos e passou a chamar-se Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom).
Na semana passada recebeu também a adesão de empresas de telefonia fixa como a Embratel, Brasil Telecom, Telemar, CTBC, Intelig e Sercomtel, faltando apenas finalizar a entrada da GVT e negociar a adesão da Telefônica.
A antiga Associação Brasileira de Roaming já vinha trabalhando com diversos sistemas anti-fraude como o cadastro centralizado de aparelhos roubados para todas as tecnologias, e o EIR centralizado (Equipamentos Identificadores de Registro) que, a partir de um sistema da Oi, foi disponibilizado para todas as operadoras GSM.
O primeiro trabalho da ABR Telecom será um projeto piloto anti-fraude dirigido às operadoras fixas, no valor de R$ 500 mil. O diretor executivo da Associação, Alcides de Castro Maya, evita falar dos dez tipos de fraude já identificados e que serão analisados a partir do envio, em no máximo duas horas, das informações relativas a todas as ligações de longa distância realizadas no País (em princípio origem, destino e duração).
De qualquer forma, há pelo menos três fraudes mais conhecidas: a clonagem; as ligações para telefones no exterior fora do perfil do usuário; e o que a ABR denomina CSP surfing, quando o assinante usa apenas uma operadora de longa distância por algum tempo, até que a cobrança apareça na conta, e depois muda de empresa. A associação não tem fins lucrativos e no ano passado custou R$ 20 milhões ao conjunto das empresas.