Com dificuldade para encontrar um executivo de renome no mercado para ocupar a presidência, a Intel chegou a sondar Todd Bradley, diretor de computação pessoal da HP, para o que a empresa classifica de "um cargo executivo proeminente". Segundo fontes próximas ao assunto informaram ao The Wall Street Journal, as conversas duraram algumas semanas, mas a oferta foi recusada por Bradley, que preferiu continuar na HP.
De acordo com as fontes, o executivo-chefe (CEO) da Intel, Paul Otellini, de 60 anos, ainda não tem um substituto e a companhia já começou a cogitar "métodos não ortodoxos" de procura por um candidato – oferecer-lhes o cargo enquanto eles ainda estão empregados na concorrência, por exemplo.
A fabricante de chip contava com Sean Maloney, um de seus principais executivos, mas ele ainda não se recuperou completamente de um derrame sofrido há cerca de um ano. O outro CEO em potencial, Pat Gelsinger, deixou a Intel no fim de 2009 e foi para a EMC.
Para o jornal americano, a contratação de Bradley, ou de alguém com o mesmo perfil, faria bastante sentido para a Intel. Desde meados do ano passado a companhia vem sendo cobrada a desenvolver chips capazes de equipar smartphones e tablet PCs, mercados que ainda não atacou, mas que apresentam taxas exponenciais de crescimento. Antes da HP, até 2006, Bradley atuou como um dos CEOs da fabricante de PDAs Palm.
Outro motivo para a contratação de Bradley, apontado pelas fontes, é que ele era um dos mais cotados para assumir a presidência da HP no lugar de Mark Hurd, que saiu em meio a eclosão de um escândalo sexual. Em vez de Bradley, porém, foi contratado Leo Appotheker, egresso da multinacional alemã SAP.
A porta-voz da Intel, Laura Anderson, declarou ao The Wall Street Journal que ainda é cedo para discutir a aposentadoria de Otellini, visto que ele só deve se retirar aos 65 anos. Segundo ela, "ainda dá tempo de sondar muitas pessoas diferentes".
- Vaga